
18 de março de 2009 | 05h44
O Banco Mundial (Bird) reduziu sua previsão para o crescimento econômico da China em 2009 e emitiu uma nota de advertência sobre os riscos de deflação. O banco espera agora um crescimento de 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, inferior à estimativa anterior de 7,5%, devido principalmente ao agravamento da economia global. As despesas diretas do governo vão corresponder a 4,9 pontos porcentuais do crescimento total do PIB, segundo o banco.
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De acordo com o Bird, os investimentos públicos e o consumo vão conduzir o crescimento da China neste ano. Mas o banco destacou que os formuladores de políticas públicas podem fazer mais para estimular o consumo privado e melhorar os programas sociais, a fim de garantir que as metas de crescimento no curto prazo não prejudiquem o trabalho necessário para reequilibrar a terceira maior economia do mundo.
A taxa de crescimento global está abaixo da meta de Pequim, de cerca de 8%, e do crescimento de 9% registrado no ano passado, que interrompeu cinco anos consecutivos de crescimento de 10% ou mais na China.
O Banco Mundial afirmou, no entanto, que embora a taxa de crescimento projetada para este ano seja "significativamente inferior" à taxa de crescimento potencial da China, isso não deverá colocar a economia ou a estabilidade social da China em perigo.
O Bird projeta ainda que o índice de preços ao consumidor chinês (CPI, na sigla em inglês) subirá 0,5% este ano, em comparação com a previsão anterior, feita em novembro do ano passado, de um aumento de 2%.
Apesar de o CPI ter diminuído em fevereiro, em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando sua primeira queda em mais de seis anos, o Banco Mundial disse que o declínio não representa necessariamente o tipo de deflação problemático, no qual o núcleo dos preços e salários, bem como a produção, caem juntos. Mas o banco advertiu que, tendo em vista o enfraquecimento da economia mundial e o potencial de excesso de capacidade na China, "uma deflação problemática é um risco".
O Banco Mundial previu que o déficit fiscal da China subirá para 3,2% do PIB este ano, previsão um pouco maior do que a do governo chinês, de 3%, devido ao fato de que a estimativa de crescimento do PIB feita pelo banco é menor do que a do governo.
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