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Blejer apresenta carta de renúncia a Duhalde

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central da Argentina, Mario Blejer, apresentou oficialmente sua carta de demissão ao presidente, Eduardo Duhalde, dizendo acreditar que fez progressos na implementação das políticas monetária, bancária e cambial sustentáveis. Em nota divulgada pelo BC, Blejer confirmou que deixará o cargo no dia 30 de junho - sua renúncia foi anunciada na sexta-feira. Na carta de demissão, Blejer diz que, durante o período de cinco meses de sua gestão como presidente do BC, "a instituição foi forçada a, numa questão de dias, se organizar para implementar políticas monetária, bancária e cambial, com as quais não tinha lidado durante os 10 anos do regime de Conversibilidade, e teve de fazer isso dentro de um contexto de sérias dificuldades para atrair pessoal bem qualificado". Blejer procurou ainda estimular o presidente Duhalde a respeitar a independência do Banco Central. Ele diz que está convencido de que Duhalde reconhece a importância de respeitar a independência do BC, que tem sido prejudicada ao longo dos últimos quinze meses, em meio à turbulência política argentina. "Essa independência tem sido enfraquecida repetidas vezes nos últimos tempos. A autonomia do Banco Central está no núcleo da autoridade monetária e é um instrumento essencial para restabelecer a confiança no sistema", diz a carta. Blejer diz que sentiu que tinha alcançado dois objetivos fundamentais durante seu mandato como presidente do BC, estabelecendo um programa monetário viável e ajudando a colocar as negociações com o FMI nos trilhos. Blejer anunciou sua renúncia após semanas de especulações a respeito da discórdia entre ele e o ministro da Economia, Roberto Lavagna, sobre aspectos básicos da política bancária e monetária. O vice-presidente Aldo Pignanelli ocupará a presidência do BC interinamente.

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