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Blue chips garantem alta da Bovespa, mas queda em NY pesa

Principal índice da Bovespa subiu 0,82%, aos 62.969 pontos; indicador chegou a subir 2,2% na máxima do dia

Por Rodolfo Barbosa , Juliana Siqueira e da Reuters
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta segunda-feira, 15, se ajustando ao bom desempenho do mercado internacional na sexta-feira, dia sem negócios por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida.    Piora nos EUA sustenta dólar acima de R$ 1,80   O principal índice da Bovespa subiu 0,82%, aos 62.969 pontos. O indicador chegou a subir 2,2% na máxima do dia, mas perdeu força frente à queda de mais de 1% dos principais índices acionários de Nova York nesta sessão.   "A bolsa vive um dia de ajuste em função do que ocorreu na sexta-feira. Os preços estão se equalizando. Tanto é que os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale (do Rio Doce) estão caindo hoje", disse Miguel Daoud, diretor da Global Financial Advisor, pouco antes do fechamento da bolsa.   Nos Estados Unidos, o mercado sofreu com a perspectiva pessimista dada pelo Citigroup para o mercado de crédito. No Brasil, o volume financeiro da Bovespa atingiu R$ 9 bilhões, inflado em R$ 3,5 bilhões pelo exercício de opções - o maior da série histórica da bolsa, que remete a 1994. Até então o maior era de R$ 2,89 bilhões, de dezembro de 1994.   "O exercício de opções favorece os comprados e ajuda (a alta). O cenário continua de procura por ações de empresas detentoras e exportadoras de commodities", complementou Daoud, lembrando ainda que na quarta-feira tem o vencimento de índice futuro.   Blue chips garantem o dia   Os dois papéis mais negociados da Bovespa ficaram também entre as maiores altas. Os papéis preferenciais da Petrobras subiram 2,41%, para R$ 66,30, com ajuda da alta no preço do barril do petróleo, que bateu novo recorde nesta segunda-feira.   Já as ações da Companhia Vale do Rio Doce encerraram com valorização de 2,36%, a R$ 52,82. O mercado brasileiro pôde repercutir apenas nesta segunda-feira a notícia divulgada na noite de quinta-feira de que a mineradora investirá US$ 11 bilhões em 2008, o que foi visto com bons olhos por investidores.   "O valor agressivo do plano de investimentos divulgado pela empresa foi uma boa notícia na medida em que mostra a capacidade de tomada de decisões acertadas no processo de alocação de capital e sinaliza a confiança de seus executivos nas perspectivas futuras para a indústria de mineração", afirmou a analista Mônica Araújo, da corretora Ativa, em relatório.   As estreantes do dia na Bovespa, as construtoras Tenda e Trisul, fecharam em rumos opostos. A primeira recuou 0,44%, para R$ 8,96, e a segunda subiu 0,91%, para R$ 11,10, indicando que o mercado está mais comedido nas estréias de ações.

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