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Blue chips sustentam Bovespa em alta, na contramão de NY

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

A influência do repique momentâneo nos preços internacionais de commodities sobre as blue chips Petrobras e Vale sustentou a Bolsa de Valores de São Paulo no azul nesta terça-feira, na contramão de Wall Street. Num dia bastante volátil, o índice chegou a buscar o menor patamar desde agosto de 2007, mas depois se recuperou, até fechar com valorização de 0,59 por cento, aos 53.638 pontos. O giro financeiro de 4,6 bilhões de reais inclui os 130,3 milhões de reais da oferta pública de recompra de ações preferenciais da Tele Norte Celular Participações . A tônica dos negócios foi o recrudescimento dos temores com pressões inflacionárias e possíveis novas perdas relacionadas à crise de crédito nos Estados Unidos, que enfraqueceu o dólar,derrubou as ações de bancos do país e arrastou para baixo os principais índices de Wall Street. "Está crescendo o medo de que novas instituições financeiras norte-americanas possam quebrar nos próximos meses", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos. Esse tom negativo pesou sobre diversos setores na Bovespa, incluindo bancos e teles. O índice só não caiu porque as cotações de matérias-primas se recuperaram com a queda do dólar, alavancando os ganhos das ações de maior peso no Ibovespa. Os papéis preferenciais da Petrobras subiram 3 por cento, para 32,63 reais, com a terceira maior alta do índice. As preferenciais da Vale cresceram 1,5 por cento, cotadas a 35,43 reais. Pelo segundo dia consecutivo, houve disparada de OGX Petróleo e Gás . Após a disparada de 22 por cento na véspera, o papel subiu mais 7,1 por cento nesta terça-feira, a 660 reais, depois de relatórios do JP Morgan e da corretora Itaú traçarem um horizonte positivo para a companhia. Na ponta contrária do Ibovespa, as companhias aéreas foram abatidas pela mesma alta do petróleo que ajudou OGX e Petrobras. A pior do dia foi a preferencial da Tam, recuando 3,9 por cento, para 32,68 reais.

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