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BMG negocia compra dos 51% que o BTG detém no Banco Pan

Outros dois interessados estariam disputando o ativo com o banco mineiro, que já teve uma das ofertas recusadas

Foto do author Aline Bronzati
Foto do author Fernanda Guimarães
Foto do author Cynthia Decloedt
Por Aline Bronzati (Broadcast), Fernanda Guimarães e Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

O BTG Pactual negocia com o BMG, focado em crédito consignado (com desconto em folha), o controle do Banco Pan (ex-Panamericano), segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O banco já teria feito uma proposta e agora disputa o ativo com outros dois interessados, conforme duas fontes de mercado. A primeira oferta feita pelo BMG, que considerava o valor de mercado do banco, foi considerada baixa na avaliação dos sócios do BTG, apurou o Broadcast. O banco de André Esteves, preso desde o fim de novembro, detém 51% das ações ordinárias do Pan, cujo valor de mercado é de R$ 614 milhões.

O BMG não quis comentar o caso Foto: Divulgação

Com 49% das ações ordinárias do banco, a Caixa Econômica Federal foi procurada apenas para fornecer informações para o processo de venda, mas não teria interesse em adquirir a totalidade das ações do banco, conforme fonte. Embora seja natural compradora, seu interesse, segundo a mesma fonte, é que o banco continue sendo uma instituição privada. O Pan encerrou setembro com R$ 26,4 bilhões em ativos e patrimônio líquido de R$ 3,6 bilhões. Seu lucro líquido chegou a R$ 44,3 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2014. O banco, cuja carteira de crédito soma R$ 18 bilhões, atua no financiamento de veículos, crédito consignado, pessoal e consórcios. Uma das linhas de negócios do Pan que poderia interessar ao BMG, conforme fontes, é a de cartões de crédito consignado. A plataforma se originou da compra dos direitos creditórios da carteira do Cruzeiro do Sul, liquidado pelo Banco Central. O BMG tem joint venture com o Itaú Unibanco em crédito consignado, mas que não contempla a operação de cartões. Um dos impasses desta negociação é a dívida com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Quando adquiriu o Pan, em 2011, o BTG desembolsou R$ 450 milhões e assumiu a dívida com o Fundo. O valor atualizado estaria em R$ 4 bilhões. Como precisa de recursos no curto prazo e a dívida é de longo prazo, segundo fontes, o BTG poderia aceitar permanecer com a exposição no Fundo e em troca vender logo sua fatia no Pan. Procurados, BTG, BMG e Caixa não comentaram. O Pan afirmou desconhecer o assunto.

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