O consultor Luciano Coutinho, contratado pelo banco Fator para preparar a fusão entre Varig e TAM, afirmou hoje que o plano de negócios da nova empresa já foi entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o qual terá também que dar o aval à fusão. "O BNDES é quem agora tem que examinar profundamente e verificar se (a nova empresa) tem ou não tem consistência econômica e financeira", disse Coutinho. Ele disse que o processo poderá ser concluído em cinco meses, como previsto no contrato de associação entre as duas empresas, inclusive com a aprovação do sistema de defesa da concorrência. O consultor afirmou que seguirá o "script" colocado pelo banco, até porque sem o BNDES a fusão não se dará: " O BNDES é um investidor em condições de mercado. Então, é muito mais produtivo que a discussão caminhe sob a orientação técnica do banco, para que a gente possa, ao apresentar o projeto, já fazê-lo dentro das premissas que o banco considerar as mais corretas", explicou. Caso o banco conclua que entrar na nova empresa é um bom investimento, novas tarefas serão empreendidas, disse Coutinho. "Vamos ter que buscar uma renegociação com credores, que formatar, dependendo da orientação que for dada para o plano de negócios, as condições de gestão, as condições de uso de marca, as condições trabalhistas, que são muito importantes, as previdenciárias", antecipou.