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BNDES critica bancos internacionais por rebaixarem o Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, criticou sutilmente os relatórios de bancos que baixaram as recomendações de investimento no Brasil. ?Vamos conviver com informações às vezes superficiais feitas por analistas, mas a gente sempre pensa no longo prazo?, disse Carvalho ao lembrar que na semana passada entraram US$ 900 milhões em um financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para serem pagos em 20 anos com juros de 6% ao ano. Também na semana passada, lembrou, outra operação de longo prazo mostrou o interesse de investidores estrangeiros por uma empresa brasileira, no caso a Sabesp. O lançamento em Nova York de ações da Sabesp teve demanda cerca de 30% maior que o total ofertado. Carvalho observou também que apesar de a atividade econômica ter tido um crescimento baixo no primeiro trimestre deste ano, os pedidos de financiamento à instituição e os desembolsos realizados por ela cresceram muito em relação aos primeiros três meses do ano passado. Os pedidos de financiamento aumentaram 98% saltando de R$ 6,660 bilhões para R$ 13,172 bilhões. Os projetos que foram enquadrados, ou seja, são passíveis de aprovação, passaram de R$ 6,846 bilhões para R$ 10,145 bilhões. As aprovações subiram 76%, de R$ 6,305 bilhões para R$ 11,108 bilhões. Os desembolsos efetivos do BNDES cresceram 24% - de R$ 5,324 bilhões para R$ 6,584 bilhões. Carvalho participou do lançamento de documentário comemorativo dos 50 anos do BNDES, dirigido pelo cineasta e economista Vicente Amorim e por Anne Pinheiro Guimarães, que também é historiadora, exibido hoje no auditório da instituição. O filme, que será distribuído para faculdades de Economia e Ciência Política e bibliotecas públicas, dá um panorama do trabalho do BNDES por meios de entrevistas com dirigentes e ex-dirigentes do BNDES, e simultaneamente, busca mostrar o efeito das ações do Banco para as pessoas comuns. Os diretores procuraram atingir esse objetivo contando histórias de três famílias. Uma em Petrolina (PE), que é um pólo de desenvolvimento regional e exportador de frutas no interior do Estado. Outra em Ipatinga (MG), cidade sede da Usiminas, primeira siderúrgica privatizada, e outra de São José dos Campos (SP), sede da Embraer, empresa exportadora de aviões apoiada pelo BNDES.

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