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BNDES desembolsa recorde de R$ 66,6 bi em 12 meses

Indústria permanece principal destino de desembolsos do banco; apoio à infra-estrutura cresce 80%

Por Adriana Chiarini e da Agência Estado
Atualização:

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 66,6 bilhões nos 12 meses até outubro, batendo mais um recorde de total liberado acumulado em períodos dessa duração. O valor é 37% maior que em relação aos 12 meses terminados em outubro de 2006.   De novembro de 2006 a outubro passado, a instituição aprovou a liberação de R$ 88,9 bilhões, 39% mais que na comparação com o mesmo período anterior. A diferença entre aprovações e desembolsos mostra a necessidade de o banco aumentar as liberações no futuro. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 12, pelo banco.   A entrada formal de projetos no BNDES nos 12 meses até outubro, chamada tecnicamente de "consulta", totalizou R$ 133,3 bilhões, com aumento de 40% sobre o mesmo período anterior. Já os enquadramentos nos programas e linhas da instituição, que representa a segunda fase de tramitação dos processos no BNDES, somaram R$ 112,4 bilhões, o que significa 32% de crescimento.   O setor de indústria permanece o de maior valor de desembolsos e de aprovações, com liberações de R$ 29,8 bilhões (mais 15% sobre o período anterior) e aprovações de R$ 38,5 bilhões (acréscimo de 14%), nos últimos 12 meses.   Mas o setor em que o apoio do BNDES mais cresceu foi o de infra-estrutura, que teve alta de 80% nas aprovações em relação aos 12 meses terminados em outubro do ano passado. Entre novembro de 2006 e outubro de 2007 foram aprovados R$ 37,9 bilhões em projetos de infra-estrutura. Os desembolsos no setor foram de R$ 25,8 bilhões, com alta de 60% na mesma base de comparação.   Nos 12 meses até outubro, o BNDES aprovou R$ 16,4 bilhões para transportes (alta de cerca de 450%), R$ 6,1 bilhões para telecomunicações (alta de 176%), R$ 8,4 bilhões para energia elétrica (alta de 79%) e R$ 3,8 bilhões para construção (alta de 89%).   Na indústria, os setores em que as aprovações mais cresceram foram a agroindústria, (R$ 7,6 bilhões, alta de 117% sobre o período anterior) e o setor químico e petroquímico (R$ 6,9 bilhões, mais 89%).   Os desembolsos para investimentos na agropecuária atingiram R$ 4,8 bilhões, com expansão de 39% em relação aos 12 meses anteriores, e as aprovações para o mesmo setor chegaram a R$ 5 bilhões, com alta de 30%.

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