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BNDES diz que mudanças não atrasarão projetos

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, anunciou nesta terça-feira que foram extintos 10 departamentos dos atuais 70, mas sem demissões, nem atrasos nos projetos do banco. "É como rearrumar os móveis da casa, sem jogar nenhum móvel fora ou agregar nenhum outro", disse. Segundo Lessa, a principal mudança é que o vice-presidente Darc Costa fará a coordenação entre as cinco diretorias e ele terá mais tempo para fazer os acordos externos. O presidente do BNDES disse considerar "surpreendente dizerem que o banco está parado". Segundo ele, o volume de consultas e análises da instituição caiu neste ano cerca de 27% em relação ao ano passado, mas acredita que isso se deva à queda da atividade e dos investimentos no País. "Isso tem a ver com a macroeconomia. Porque grandes empresários vão tomar grandes decisões e trazer grandes projetos se não sabem quanto a economia vai crescer?", afirmou. Lessa disse que por causa desses problemas o banco aprovou este ano apenas um grande projeto do setor industrial (o Veracel, na área de celulose), mas garantiu que há avanços na infra-estrutura, na qual "o banco está se movendo como sempre se moveu". O BNDES deverá fechar este ano com prejuízo apenas "um pouco menor" do que os R$ 2 bilhões registrados no primeiro semestre. Segundo Carlos Lessa, a provisão para a AES (dona da Eletropaulo) vai impedir o lucro que o banco poderia registrar, caso não estivesse enfrentando o calote da distribuidora de energia. Questionado se a Light também não poderá dar prejuízo para a instituição, Lessa respondeu que "a Light não atrasou ainda e é uma exposição muito pequena do BNDES".

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