PUBLICIDADE

BNDES eleva prazo para crédito de linhas do Madeira

Prazo máximo total será de 20 anos, com até quatro de carência e até 16 para pagamento

Por Adriana Chiarini e da Agência Estado
Atualização:

Em função da escassez de crédito privado no momento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) modificou algumas das condições de crédito para o leilão das linhas de transmissão das usinas hidrelétricas do complexo do Rio Madeira, em Rondônia, em relação a que concedia para projetos do mesmo tipo. O leilão deve se realizar na quarta-feira, 19, e o investimento previsto pelo BNDES é da ordem de R$ 7 bilhões.   O prazo máximo total será de 20 anos, com até quatro de carência e até 16 para pagamento. As condições originais para um empréstimo desse tipo do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) eram de prazo total de 16 anos, com até dois de carência e até 14 para amortização. O custo para essa parte principal do crédito continua de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais o spread básico do BNDES para o setor, que é de 1,3%, mais o spread de risco, que varia de 0,46% a 3,5%, de acordo com o projeto e o tomador.   Outra novidade é que o banco inclui agora entre os itens financiáveis os equipamentos importados sem similar nacional. Para essa parte, porém, a cobrança será feita com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em vez de TJLP, devidamente acrescidos do spread básico mais o spread de risco.   Além disso, o banco concederá também empréstimo-ponte (empréstimo emergencial de curto prazo) com prazo de até 18 meses a uma taxa de juros fixa de 14,5% mais os spreads básico, de 1,3%, e de risco, conforme anunciado na última quinta-feira,13.   De acordo com o diretor de infra-estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, o BNDES só pode financiar até 70% do investimento. No entanto, de acordo com ele, a parte financiada em TJLP, de até 70% do investimento, não deve diminuir em relação às condições anteriores, mesmo com a entrada dos outros tipos de financiamento, por taxa fixa e IPCA.   Na quinta-feira, o presidente do banco, Luciano Coutinho, informou que o empréstimo-ponte seria de até 20% do valor do investimento total e seria concedido, além do crédito nas condições do PAC, de até 70% do total. Hoje o diretor detalhou que a parte do empréstimo-ponte é de até 21% do investimento total, porque corresponde a 30% dos 70% do investimento total que podem ser financiados pelo BNDES.   Bittencourt explicou que, como o empréstimo-ponte funciona como um adiantamento enquanto o principal é analisado no BNDES, a idéia é que ele possa ser pago, totalmente ou parcialmente, antes da liberação do principal. Se for pago totalmente até a contratação do principal, o banco poderia conceder 70% do investimento total em TJLP, mesmo após ter financiado até 21% antes. Assim a parte em TJLP não diminuiria em relação ao créditos anteriores.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.