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BNDES empresta US$ 1,8 bi para usinas

Por Nicola Pamplona e Eduardo Magossi
Atualização:

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos de R$ 1,8 bilhão para a construção de cinco usinas de açúcar e álcool no País. Todos os projetos, porém, foram iniciados antes da crise econômica e já estão com as obras em estágio avançado. "É um sinal de que haverá manutenção dos investimentos. Os projetos em andamento não estão sendo abandonados", diz o superintendente de indústria do banco, Júlio Ramundo. O BNDES, por sinal, espera um crescimento em torno de 15% dos desembolsos para o setor no próximo ano: o volume emprestado deve chegar a R$ 7 bilhões, ante os R$ 6 bilhões esperados para 2008, sendo que R$ 4,5 bilhões foram destinados a novas usinas. Dentre os projetos aprovados ontem estão três unidades da ETH, do grupo Odebrecht, em Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. A ETH receberá R$ 1,15 bilhão. Os R$ 634 milhões restantes serão emprestados ao grupo Iaco, para a construção de uma usina em Mato Grosso do Sul, e para a Usina São Fernando, que está construindo duas usinas também em Mato Grosso do Sul. Os três projetos terão capacidade para produzir 2,9 bilhões de litros de etanol a partir da safra 2014/2015. Segundo o diretor da ETH e ex-presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho, as usinas financiadas pelo BNDES iniciam produção já em 2009. Os projetos foram iniciados com empréstimos-ponte no mercado financeiro, que agora serão trocadas pela dívida com o banco de fomento, que tem prazo mais longo. O valor aprovado ontem representa 60% do investimento total, de R$ 1,921 bilhão. Na prática, diz o diretor-técnico da Unica, Antônio de Pádua, essa é a estratégia adotada por outros grupos com pedidos no BNDES: obter recursos de prazo mais longo para projetos já iniciados com capital próprio ou empréstimos-ponte.

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