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BNDES financiará até 90% das linhas do Rio Madeira

Por Adriana Chiarini
Atualização:

Além do empréstimo nas condições do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ofertará também empréstimo-ponte (empréstimo emergencial de curto prazo) para o leilão das linhas de transmissão da usina hidrelétrica do Rio Madeira, em Rondônia, que está marcado para o dia 26 deste mês. Segundo o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho, as condições para o financiamento serão: taxa de juros fixa de 14,5% ao ano, acrescida de 1,3% de spread básico mais um spread de risco específico do projeto. O prazo do empréstimo é de 18 meses e valor a ser financiado é de até 20% do investimento total. O BNDES pode financiar agora até 90% deste total, sendo 70% referentes ao empréstimo principal, nas condições do PAC (com juros baseados na Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, e prazo de carência), e agora mais até 20% do valor do investimento para o empréstimo-ponte. As fontes de recursos do BNDES, nesse caso, são o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O diretor do BNDES para infra-estrutura e insumos básicos, Wagner Bittencourt, disse também que as linhas de transmissão da energia a ser produzida na usina hidrelétrica do Rio Madeira devem exigir investimento entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. Novos projetos O BNDES poderá também conceder esse tipo de crédito para outros leilões de infra-estrutura, mas apenas enquanto as condições de crédito privadas não se normalizarem. "Este é o tipo de apoio que a gente espera que seja transitório e que nem precise fazer", disse ele, com a expectativa de que o crédito se normalize em breve. "Não é da função precípua do BNDES fazer capital de giro, mas o empréstimo-ponte é o suporte para a conclusão de investimento", afirmou. Bittencourt contou que a decisão de ofertar empréstimo-ponte no leilão de linhas do Rio Madeira se deu porque o banco de fomento foi procurado por empresas interessadas em participar do processo. Segundo ele, as empresas pediram ao BNDES que concedesse o crédito porque não estavam encontrando esse tipo de operação no mercado, a não ser com taxas de juros muito altas. "Houve demanda de várias empresas", afirmou, lembrando ainda que no ano que vem serão realizados leilões de concessão de rodovias e para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, entre outros. Bittencourt contou que, recentemente, já depois do agravamento da crise internacional a partir de setembro, o BNDES foi procurado por empresas com projetos de implantação de unidades, de US$ 1,5 bilhão. "Temos recebido empresas de insumos básicos com projetos greenfield (que estão sendo executados desde o começo) de US$ 1,5 bilhão", disse Bittencourt.

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