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BNDES incentiva emissão de papéis em crédito a aeroporto

Objetivo do banco é compartilhar os financiamentos de infraestrutura com o mercado privado

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - Mecanismos de incentivo à emissão de títulos no mercado, em paralelo aos empréstimos bilionários, são o principal diferencial das condições de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para concessões dos aeroportos de Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte), divulgadas ontem. O objetivo é compartilhar o financiamento dos investimentos de infraestrutura com o mercado privado.

 

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Como de praxe, os juros serão módicos e o prazo, longo. As condições são informadas cerca de um mês antes do leilão, previsto para 22 de novembro. O objetivo é oferecer elementos para os concorrentes elaborarem suas propostas.

O BNDES também quer acelerar a análise dos pedidos. No dia seguinte à declaração do vencedor, o consórcio poderá entrar com o pedido, apresentando o contrato de concessão mais à frente. Leonardo Leão, gerente do Departamento de Logística do BNDES, diz que a análise será adiantada em dois meses.

 

Os novos incentivos à emissão de debêntures de infraestrutura – títulos de renda fixa para projetos de logística e energia, principalmente – começaram a ser usados no financiamento aos dois primeiros trechos de rodovias oferecidos no Programa de Investimentos em Logística (PIL), em 18 de setembro.

 

O uso nos aeroportos, adiantado no início do mês pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, é mais um passo para estender esses incentivos a todas as concessões do setor elétrico e de logística. A Área de Infraestrutura (AIE) do BNDES proporá a adoção definitiva da opção.

 

O BNDES poderá emprestar até 70% dos investimentos financiáveis. Esse valor poderá ser elevado, pois a BNDESPar, empresa de participações, poderá comprar parte das debêntures – Leão não adianta limites ou valores para essas operações.

 

Em juros e prazo, há poucas novidades nos empréstimos. O prazo máximo é 20 anos. O custo será TJLP (taxa de juros de longo prazo, hoje 5% ao ano) e/ou uma cesta de moedas, a critério da empresa, mais a remuneração básica do BNDES (0,9%) e o spread de risco.

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