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BNDES libera valor recorde para usinas de cana em outubro

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Por Redação
Atualização:

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ter liberado um valor recorde em financiamentos para o setor de açúcar e álcool do Brasil em outubro, em meio a reclamações do segmento de que a falta de crédito tem adiado projetos novos e expansões. As liberações de outubro somaram 800 milhões de reais, o maior desembolso mensal já registrado para o setor sucroalcooleiro, disse o gerente do Departamento de Biocombustíveis do BNDES, Paulo Faveret. "Existe uma sensibilidade do Departamento de Biocombustíveis para liberar recursos no curto prazo", declarou Faveret, comentando o impacto da crise de crédito nas decisões do banco. "Não está havendo problema com escassez de recursos", acrescentou durante conferência internacional de biocombustíveis em São Paulo. No acumulado do ano até outubro o banco liberou 5,2 bilhões de reais para o setor sucroalcooleiro, o que corresponde a 7,4 por cento dos desembolsos totais da instituição para todos os setores. Em todo o ano de 2007, o setor sucroalcooleiro foi contemplado com financiamentos de 3,6 bilhões de reais pelo banco. Segundo Faveret, a queixa do setor em relação à falta de financiamento deve ter mais relação com problemas para se conseguir outras linhas de crédito, como as para capital de giro, do que com a escassez de recursos para investimentos. "Algumas empresas talvez tenham buscado financiamento de curto prazo para investir, e estão sofrendo mais que a média do mercado", indicou. O gerente afirmou ainda que os critérios para avaliação dos pedidos de empréstimo ao BNDES não mudaram em função da crise, nem as perspectivas de longo prazo do setor sucroalcooleiro, que acabam interferindo na decisão da liberação do banco. Ele afirmou também que o BNDES não detectou problemas de pagamentos de financiamentos, assim como não houve cancelamento de projetos financiados pelo banco. Favaret explicou que isso pode ter acontecido porque quem pede dinheiro ao BNDES são aqueles empresários com projetos em estágio mais avançado. (Reportagem de Inaê Riveras; Texto de Roberto Samora; Edição de Denise Luna)

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