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BNDES pode financiar CSN

Pode ser anunciado amanhã, o fechamento da operação de descruzamento das participações da Companhia Vale do Rio Doce e CSN. Acionistas da Bradespar, do Previ e da Vicunha entregaram acordo para concretizar a operação.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pode ser anunciado hoje, em reunião de diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) , o fechamento da operação de descruzamento das participações da Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Ontem, os acionistas da Bradespar (empresa de participações em empresas não financeiras do Bradesco), do fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ) e da Vicunha entregaram ao BNDES o acordo assinado para concretizar a operação. Pelo documento, ficou estabelecido que a Previ e o Bradespar vão financiar US$ 150 milhões para que o grupo Vicunha compre as participações das respectivas empresas na CSN. O presidente do BNDES, Francisco Gros, tem explicado que o financiamento de US$ 300 milhões para o grupo Vicunha só será liberado após a entrega desse acordo. Do total estimado para o descruzamento (US$ 600 milhões), ainda restam US$ 150 milhões, que estão sendo captados pelo grupo Vicunha junto a bancos privados. Na semana passada, quando esperava-se a conclusão do descruzamento, os grupos envolvidos na operação divulgaram que seria preciso ainda mais sete dias para que tudo fosse realmente amarrado. Ainda faltavam alguns detalhes a serem acertados, mas já foi definido que Previ e Bradespar vão cobrar taxa de juros de 8,8% ao ano, além da correção do IGP-M. O BNDES deverá exigir mais, 9,5% de juros, além do IGP-M. Para dar tempo de concluir a "costura" da operação, os advogados das empresas envolvidas tiveram que trabalhar até mesmo no último fim de semana. O dirigente do grupo Vicunha, Benjamin Steinbruch, tentou até o último momento reduzir os juros da Previ e Bradespar, da mesma forma que já havia tentado com o BNDES. Assim como aconteceu na negociação com o BNDES, Steinbruch não conseguiu chegar exatamente onde queria, mas foi bem-sucedido na barganha. O empresário queria juros de 7% ao ano, mas a Previ e a Bradespar chegaram a pedir 11% ao ano. O acordo foi fechado em 8,8% ao ano. No caso do BNDES, a intenção de Steinbruch era ficar com taxas de 8% a 8,5%, mas fechou o acordo em 9,5% ao ano.

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