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BNL: 2002 ainda será um ano difícil

Diretor da Asset Management do BNL prevê dificuldades para o Brasil em 2002. Segundo ele, as contas externas representam o principal motivo de preocupação, dado que a situação argentina e o desaquecimento econômico mundial podem influenciar negativamente estes números.

Por Agencia Estado
Atualização:

Quando o ano de 2000 se encerrava, havia um consenso de que o ano seguinte seria o ano do Brasil. Todos projetavam um grande crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), redução nos juros, estabilização no câmbio e investimentos externos significativos. Entretanto, mais uma vez, a lei de Murphy funcionou totalmente e, se algo poderia dar errado, deu!!! Para 2002, as perspectivas não são positivas. O ano se inicia sem que o problema da Argentina tenha se resolvido, com o mundo atravessando uma queda forte na atividade econômica e nós, particularmente do Brasil, ainda, teremos um ano eleitoral. O "calcanhar de Aquiles" do País está exatamente nas contas externas. A moratória Argentina deverá baixar o volume de empréstimos e investimentos estrangeiros e a diminuição da atividade econômica mundial reduzirá - ou ao menos dificultará o crescimento - de nossas exportações. Mesmo que ao longo do ano o cenário externo melhore, enfrentaremos internamente alguns problemas para um crescimento mais forte: balança comercial (um PIB maior significa mais importação), o déficit de energia elétrica e, como já destacado, o ano eleitoral. Neste quadro, o BNL projeta os seguintes dados para dezembro de 2002. PIB PIB 2% Dólar R$ 2,60 Juros 17% ao ano em dezembro e 18% ao ano na média IPCA 5% Bolsa 25% a 30% de alta Balança comercial US$ 4 bilhões Investimento externo US$ 18 bilhões Investimentos Para os investidores conservadores, recomendamos aplicações nos fundos cambiais (como proteção patrimonial) e nos fundos DI, uma vez que a redução na taxa de juros será lenta, não oferecendo prêmio compatível ao risco para operações prefixadas. Aos investidores moderados, recomendamos destinar cerca de 20% para fundos de ações ativos (não indexados ao Bovespa), proteção patrimonial nos fundos cambiais e manutenção do dinheiro de "giro" em fundo DI. Para os mais afeitos a risco, sugerimos 35% em fundo de ações ativo, além das recomendações acima. Lembramos que os fundos multicarteiras oferecem mix equivalente aos anteriormente propostos, facilitando a vida do investidor, que teria uma diversificação de seus investimentos em uma única aplicação.

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