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BNP ameniza impacto de crédito, França quer respostas

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Por Redação
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O BNP Paribas afirmou nesta sexta-feira que sua exposição ao mercado de crédito de alto risco é limitada e administrável, tentando acalmar os investidores uma semana após ter levado pânico aos mercados ao congelar três de seus fundos. A ministra da Economia da França, Christine Lagarde, também agiu para acalmar os nervos dos investidores nesta sexta-feira, afirmando que os bancos do país estão em boa forma. Ela afirmou que vai pedir explicações ao presidente-executivo do BNP, Baudouin Prot, sobre a maneira como a instituição financeira lidou com a divulgação de seus problemas. O BNP Paribas anunciou em 9 de agosto o congelamento de 1,6 bilhão de euros (2,16 bilhões de dólares) em fundos atingidos pela crise. "A exposição direta ao subprime parece limitada e qualquer perda será administrável para o banco", disse Alain Papiasse, diretor de ativos e serviços do maior banco listado da França. O banco não comentou o questionamento da ministra. Papiasse acrescentou que o BNP Paribas descarta riscos para seus resultados trimestrais decorrentes da exposição dos fundos ao setor subprime, já que os riscos potenciais estão nas mãos dos investidores. "O risco para o lucro trimestral é zero", afirmou ele. Para o administrador de fundos do Stratege Finance, Jacques Tissier, os comentários de Papiasse são tranquilizadores, mas ele prefere ficar longe de ações do setor financeiro, como as do BNP. "Não vou colocá-las na minha carteira até que essa crise acabe", disse. Na semana passada, o BNP Paribas informou ter suspendido os saques dos fundos Parvest Dynamic ABS, BNP Paribas ABS Euribor e BNP Paribas ABS Eonia, que compreendem menos de 0,5 por cento dos fundos sob administração do banco. O valor desses fundos será retomado assim que a liquidez retornar ao mercado, disse o banco.

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