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Boas práticas ESG nos negócios passam pela economia circular

Para a diretora de sustentabilidade da Ambipar, a transição do modelo linear para circular é uma estratégia necessária que aumenta a competitividade e traz novo mindset para os negócios

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Por Ambipar
Atualização:
5 min de leitura
Getty Images 

No Brasil, as boas práticas socioambientais e de governança têm conseguido a adesão de empresas e do mercado financeiro a uma velocidade nunca vista. Apesar de o tema não ser novo, com a pandemia houve o empurrão que faltava para deixar de ser uma cantilena, recitada por quem não consegue avançar ou desconfia do tema, para se tornar parte da estratégia de um número cada vez maior de empresas.

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Mesmo com adesão acelerada ao conceito ESG, ou seja, atuar com união de aspectos ambiental, social e governança, ainda há companhias que sentem dificuldade em definir as oportunidades e os riscos que essa agenda poderá trazer para a empresa. Ter uma matriz de materialidade é fundamental para definir a estratégia e as prioridades, as quais são definidas pelo tipo do negócio, explica Onara Lima, diretora de sustentabilidade da Ambipar, com forte atuação em soluções ambientais.

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“Tem empresas que procuram a Ambipar para saber mais sobre o ESG com o objetivo de melhorar a performance do que já está em execução, outras querem saber por onde começar”, explica Onara. Uma dúvida, no entanto, costuma ser comum. “O ponto de partida do contato é sobre quanto vai custar avançar nessa direção, por mais sustentável que a empresa já seja. O executivo precisa entender como justificar o investimento, mesmo que saiba que se trata de um investimento fundamental para a empresa seguir no jogo e ser competitiva.”

Cada cliente que chega até a Ambipar gera um estudo aprofundado do time de especialistas para um diagnóstico das necessidades e a indicação de caminhos para evoluir o conceito ESG. Uma das formas de mostrar como uma empresa pode estar sob o tripé socioambiental e de governança e melhorar seus números é por meio do cálculo de quanto aquele processo gera de resíduo a ser descartado ao final do ciclo de produção ou encontra caminho para substituir a função de resíduo para subproduto. Ou seja, quanto de recurso, entre financeiro, matéria-prima e aplicação no processo, é descartado.

No entanto, sob a rota dos pilares ESG, o que seria descartado encontra potencial de aplicação de forma circular na economia. Outro aspecto importante para a materialidade dos pilares ESG é desenvolver a economia regional trazendo benefícios, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e impulsionando a economia para um desenvolvimento sustentável. Sob percepção de ausência de atividades regionais, incentivar a capacitação local também faz parte da agenda de empresas com visão de destaque sustentável no mercado.

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A partir daí, Onara acredita que cada vez mais empresas vão buscar a importância de reverem seus processos de produção com o objetivo de encontrar formas de tornar o negócio mais eficiente e competitivo. Como estratégia para avançar nessa direção, é fundamental ter comprometimento com a mitigação das mudanças climáticas e isso envolve priorizar economia circular, desenvolvimento social e economia de baixo carbono. Nesse processo, é indispensável engajar os elos da cadeia produtiva para que todo potencial da circularidade dos processos seja identificado e viabilizado. O desafio está em avaliar a economia circular desde o início do processo. A entrada deve ser exclusivamente de insumos sustentáveis, ou seja, os produtos devem ser desenhados e projetados para que retornem à cadeia produtiva garantindo a não geração de resíduos e o total aproveitamento de recursos naturais.

Assim fecha-se o ciclo e contribui para uma economia regenerativa e de baixo carbono. Para a diretora de sustentabilidade da Ambipar, o processo de transição da linearidade para a economia circular ocorrerá a partir da consciência de que um modelo restaurador faz sentido economicamente, gera diferencial competitivo e garante a perenidade dos negócios. “Queremos consolidar o potencial da economia circular.” A Ambipar já tem uma atuação ativa na economia circular e conta com um Centro de Tecnologia e Inovação que, entre outras atribuições, se dedica a encontrar novos usos para o que seria descartado em diferentes processos de produção.

As soluções, já patenteadas, surgiram tanto da demanda de clientes quanto de necessidades internas da multinacional. Entre os produtos derivados da economia circular, estão o Ecosolo (condicionador de solo obtido a partir da biodegradação assistida de resíduos orgânicos industriais), o Ecoálcool (álcool de cereais obtido a partir de resíduos de indústrias alimentícias e do que é coletado na varrição de áreas portuárias) e produtos de higiene que utilizam como matéria-prima as aparas dispensadas na produção de cápsulas de colágeno da indústria farmacêutica.

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Segundo Onara, o impulsionamento do ESG, ainda que esteja em evolução, já teve o papel de inspirar nos desenvolvedores de estratégias das empresas um pensamento de médio e de longo prazo. “O modelo de economia voltado para os shareholders e imediatistas traz uma visão de curto prazo, e não tem mais espaço. Hoje o capitalismo consciente voltado para os stakeholders é capaz de compartilhar valor para todos os envolvidos, levando em consideração fundamentalmente a sustentabilidade do negócio.” Onara vai além: “É importante que os processos e as metas sejam constantemente analisados para a evolução complementar de um processo de melhoria contínua”, conclui.

Produção: Estadão Blue Studio 

Por que alinhar um empreendimento ao ESG?

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Quem ainda não teve a chance de estudar com profundidade o ESG sente dificuldade em mapear os principais avanços que o tripé consegue agregar ao negócio, à sociedade e ao planeta. Onara Lima, diretora de sustentabilidade da Ambipar, lida com dúvidas sobre o conceito no seu dia a dia na relação com clientes, empresas interessadas no tema e profissionais do mercado financeiro. A executiva dá algumas dicas para aqueles que querem dar os primeiros passos.

- Ao trazer o ESG para o dia a dia do negócio, o gestor está investindo na perenidade do empreendimento, já que se preocupa em colocar em prática ações que reduzem os riscos socioambientais e de governança.

- Ao levar para dentro do negócio o conceito socioambiental e de governança, o gestor agrega propósito à empresa, que é o de garantir atuação sustentável no planeta.

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- Empresas comprometidas com o ESG oferecem estímulo para a retenção de talentos. Pesquisas já mostram que os jovens profissionais estão cada vez mais interessados em boas práticas e as valorizam na hora de definir os próximos passos da sua carreira.

- O ESG melhora o relacionamento com todas as partes interessadas que têm buscado cada vez mais empresas e produtos que estejam alinhados com as práticas sustentáveis.

- Para os investidores, o tripé ambiental-social-governança é, mais do que nunca, um ponto focal e que pode ser decisivo por ser associado a empreendimentos que buscam reduzir seus riscos e, com isso, aumentar as margens de ganho.

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