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Bolívia acusa empresa brasileira de violar normas ambientais

A construção da siderúrgica, que ficava na fronteira entre os dois países, foi interrompida. Obras já se estendiam há nove meses

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro boliviano de Planejamento para o Desenvolvimento, Carlos Villegas, considerou ilegal a obra iniciada pela empresa brasileira MMX, filial da EBX, no município de Puerto Quijarro, publicaram nesta sexta-feira os jornais da cidade de Santa Cruz. A companhia construía uma indústria siderúrgica na região, o que, segundo a Bolívia, teria um impacto ambiental muito grande para o ecossistema local. A obras foram iniciadas há nove meses na fronteira da Bolívia com o Brasil, em um investimento total avaliado em US$ 220 milhões. As autoridades bolivianas alegam que a EBX quis enganar aquele país ao instalar-se na zona franca da região para evadir impostos. Manifestação A medida do governo é rejeitada pelos moradores locais, que na última quinta-feira realizaram uma manifestação exigindo uma resposta sobre a licença solicitada pela empresa brasileira. A população ainda ameaçou adotar outras medidas enérgicas na próxima semana. A jazida de Mutún, a maior na América do Sul, tem reservas de 40 bilhões de toneladas de minério de ferro, a maior parte na forma de hematita. Os interessados em explorar a área são a própria EBX, a britânico-holandesa Mittal Steel, a indiana Jindal Steel and Power, o consórcio argentino Siderar-Techint e a chinesa Luneng Shandong.

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