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Bolívia pode retomar negociações com a Queiroz Galvão

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O governo boliviano admitiu retomar as negociações com a construtora Queiroz Galvão, menos de um mês após o rompimento do contrato para a construção da rodovia Potosí-Tarija. Segundo a Agência Boliviana de Informações (ABI), o presidente Evo Morales se comprometeu junto ao embaixador brasileiro na Bolívia, Frederico Cezar de Araújo, a marcar um encontro com a direção da empresa para discutir o tema. Morales e Araujo se encontraram ontem em La Paz. O embaixador brasileiro disse à imprensa local que a Queiroz Galvão está disposta a negociar e, por isso, representantes da companhia irão ao país para conversar primeiro com o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana. "Meu trabalho é abrir os canais (de negociação) para a empresa", afirmou, segundo a ABI. O passo seguinte, informou, será agendar uma reunião com o próprio Morales. O contrato entre Queiroz Galvão e a Administradora Boliviana de Estradas (ABC, na sigla em espanhol) foi rompido no dia 13 de setembro, sob o argumento de que a empresa teria suspendido as obras, atrasando o cronograma do projeto. A ABC acusa a construtora de responsabilidade por rachaduras abertas no pavimento de trechos já prontos da rodovia. A Queiroz Galvão, por sua vez, alega que as rachaduras são fruto de erros no projeto boliviano e que suspendeu o processo de pavimentação enquanto as partes negociavam soluções para o problema. Logo após ser notificada do cancelamento de contrato, a empresa anunciou que entraria na Justiça boliviana contra o cancelamento do contrato, que tem um valor total de US$ 200 milhões.

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