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Bolívia rejeita prazo dado pela Petrobras para acordo

Empresa brasileira advertiu que irá a um tribunal de Nova York caso, em 45 dias, não avancem as negociações com o governo boliviano

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo da Bolívia rejeitou o prazo de 45 dias dado pela Petrobras para que se chegue a um acordo antes de a empresa procurar uma arbitragem internacional. O Executivo boliviano também destacou que, ao nacionalizar os hidrocarbonetos, fixou um período de 180 dias para negociar com as empresas. O presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jorge Alvarado, destacou que a empresa não tinha comunicado oficialmente essa decisão ao governo, divulgada pela filial boliviana da Petrobras em um comunicado na última sexta-feira. "Não podem pretender que contratos sejam assinados em 45 dias. Com algumas, seguramente vamos assinar, mas temos um prazo de 180 dias para assinar todos os contratos", disse Alvarado. A empresa brasileira advertiu que irá a um tribunal de Nova York caso, em 45 dias, não avancem as negociações com o governo boliviano. Sem pressão Alvarado disse que, se as partes trabalharem com rapidez, é possível conseguir um acordo nesse período de tempo. Porém, esclareceu que a Bolívia não pode se sujeitar "a nenhum tipo de pressão". O presidente da YPFB também não descartou um acordo sobre as dívidas da Petrobras referentes à compra de gás para exportação para o Brasil. Para discutir esses assuntos, na quarta-feira chegará a La Paz o ministro brasileiro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

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