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Bolivianos voltam a atacar usinas do Rio Madeira

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Por Redação
Atualização:

A dois dias de uma reunião com o governo brasileiro para tratar das usinas do Rio Madeira, o governo boliviano divulgou críticas de organismos ambientais locais ao empreendimento. Segundo reportagem publicada ontem na agência oficial de informações (ABI), cinco municípios e quatro povos indígenas do norte do país seriam afetados pelas barragens. La Paz espera um encontro amanhã com a diplomacia brasileira para discutir os projetos, que já têm licença ambiental para início das obras. As críticas divulgadas pela ABI partiram da Associação Pró Defesa da Natureza (Prodena), da Liga de Defesa do Meio Ambiente (Lidema) e a instituição Enlared Municipal. Segundo essa última, três cidades no Departamento (Estado) de Pando - Nueva Esperanza, Villa Nueva e Santos Mercado - sentiriam os seus efeitos, como alagamentos e extinção ou fuga de animais. Já a Prodena citou Ribertalta e Guataramerín, no departamento de Beni, além das tribos Esse Eja, Chacobo, Moreé e Itonamas, como potenciais prejudicados pelo projeto. A ABI lembra que a primeira usina a ser construída, Santo Antonio, está a 190 quilômetros da Bolívia. A segunda, Jirau, a ''''apenas'''' 84 quilômetros. A Prodena afirma ainda que as obras criam riscos para a Reserva Natural de Vida Silvestre Bruni Racua, em Pando, com 74 mil hectares, criada no início de 2006. A presidente da entidade, Teresa Flores, pediu a abertura de consultas à população local antes do início das obras. ''''Queremos fazer pressão para que esses assuntos não sejam decididos só pelo governo, mas também pela sociedade civil'''', disse ela à ABI. O governo brasileiro afirma que os projetos não terão impacto na população boliviana.

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