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Bolsa: a melhor aplicação em janeiro

A melhora do cenário externo e a confirmação da estabilidade econômica no Brasil foram alguns dos motivos para a alta de 15,81% na Bolsa no mês de janeiro. Além disso, o valor das ações estava muito baixo.

Por Agencia Estado
Atualização:

No mês de janeiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) apresentou a maior valorização - de 15,81%. O resultado ficou bem acima do apresentado pelos demais ativos e compensou a baixa de 10,72% acumulada pelo Ibovespa - Índice que mede a valorização das ações de empresas mais negociadas na Bovespa - durante o ano passado. Na seqüência do ranking de investimentos, os fundos cambiais, que oferecem como rendimento uma taxa de juros mais a variação cambial, registraram um ganho bruto de 2,10%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Executivos de Mercado de Capitais (Ibmec). O dólar apresentou, no período, alta de 0,80%. No segmento de renda fixa, os fundos prefixados aparecem com rentabilidade bruta de 1,21% nesse mês. No mesmo período, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) - título de renda fixa que representa operações de crédito entre bancos - registou uma valorização de 1,26%. Já os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), para médias quantias, com prazo de 30 dias, acumularam um ganho nominal de 1,07%, enquanto a caderneta de poupança registrou uma valorização de 0,64%. Com esses resultados, todas as aplicações em renda fixa ficaram com rentabilidade acima do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), referente ao mês de janeiro e divulgado ontem, que foi de 0,62%. O único investimento a apresentar rentabilidade negativa no mês de janeiro foram as aplicações em ouro. A queda foi de 2,25%. Veja a tabela: Indicadores do mês Variação Ibovespa 15,81% Fundos Cambiais 2,10% CDI 1,26% Fundos de renda fixa prefixados 1,21% CDB 1,07% Dólar 0,80% Poupança 0,64% IGP-M 0,62% Ouro - 2,25% É hora de reavaliar seus investimentos Para manter o mesmo nível de rentabilidade conseguido no passado, quando os juros estavam mais elevados, os investidores terão que diversificar as suas aplicações. Isso é consenso entre os analistas. Mas eles destacam que a forma de escolha do investimento ainda deve levar em consideração os mesmos fatores. "Prazo máximo do investimento, tolerância ao risco, escolha de um bom gestor e acompanhamento do histórico da aplicação são imprescindíveis", afirma Augusto Ferreira, diretor de renda fixa da Unibanco Asset Management. Ele destaca que, para conseguir um rendimento real acima de 12% - rentabilidade bruta descontada de uma inflação de 4% -, o investidor terá que assumir um pouco de risco em sua carteira. Nesse sentido, Flávio Bojikian, diretor de renda fixa da BankBoston Asset Management, avalia que o investimento em ações deve ser um dos mais rentáveis nesse ano. Porém, o investidor deve estar preparado para oscilações. "A indicação é que apenas uma parte dos recursos seja destinada a esse tipo de aplicação. Além disso, apenas o dinheiro que pode ficar disponível por, pelo menos dois anos, deve ir para a Bolsa", explica.

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