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Bolsa avalia impacto do pacote argentino

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado começa a semana tentando avaliar o impacto dos desdobramentos da pesificação total da economia argentina e da liberação do câmbio, o que deve manter os negócios com ações pressionados. O Ibovespa futuro com vencimento este mês indica perda de 1,19%. Uma das principais preocupações manifestadas pelos investidores é a volta da inflação devido a monetização da economia. Os analistas criticam a falta de medidas fiscais eficientes, o que pode favorecer a volta da inflação. Além da liberação dos salários depositados em contas correntes, o governo também liberou o saque das indenizações trabalhistas. Para os demais depósitos a prazo fixo, o "corralito" continua valendo. O ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, argumentou que a liberação total de todos recursos bloqueados quebraria os bancos. A devolução dos depósitos a prazo começa em março e só termina em 2005. Todas as dívidas em dólares serão transformadas para peso na proporção de um por um. Os analistas criticam a falta de medidas fiscais eficientes, o que pode favorecer a volta da inflação. Há o temor de um overshooting no câmbio quando os negócios reabrirem, na quarta-feira. Hoje e amanhã é feriado bancário e cambial na Argentina. A Bolsa de Buenos Aires também deverá ficar fechada. Mas o assunto será discutido a partir das 11 horas (10 horas de Buenos Aires), em reunião da mesa diretora do Merval. Outra dúvida é se os organismos multilaterais, como o FMI, vão liberar recursos agora que o país aderiu a livre flutuação. O governo argentino espera que com esse pacote o Fundo libere um empréstimo de US$ 15 bilhões. O mercado também se mostra preocupado com a reação dos argentinos a esse plano econômico. Outro ponto que pode trazer distúrbios é o conflito entre a classe política e os magistrados, que pode gerar mais ruídos entre os três poderes. Hoje, a Comissão Parlamentar começa a estudar os pedidos de impeachment dos juízes da Suprema Corte de Justiça, a mesma que considerou inconstitucional o "corralito". No front interno, o destaque da manhã foi o anúncio do balanço do Bradesco em 2001. O banco teve um lucro líquido de R$ 2,170 bilhões e rentabilidade sobre o patrimônio, de 22,22%. Leia o especial

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