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Bolsa bate recorde e dólar recua 1,12%

A melhora na classificação de risco colocou o País a dois degraus do investment grade - seleção de países que oferecem risco baixo em seus papéis.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois da melhora da classificação dos títulos da dívida brasileira - decidida ontem pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s - os mercados no Brasil reagiram hoje na volta do feriado de carnaval. O Ibovespa - índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) - fechou em alta de 1,47%, em 39.177,8 pontos, novo recorde histórico. Trata-se do maior nível de pontos no fechamento desde o último pregão, em 24 de fevereiro, quando a Bolsa subiu 0,53% e fechou em 38.610,3 pontos. É o 14º recorde do ano. Já o dólar comercial registrou queda forte contra o real e fechou cotado a R$ 2,1160, em baixa de 1,12% em relação aos últimos negócios de sexta-feira. A agência elevou a nota da dívida externa brasileira de BB- para BB. A classificação da dívida em moeda estrangeira a longo prazo também foi revista para BB (de BB-) e a de moeda local a longo prazo foi elevada para BB+ (de BB). Na prática, isso significa que o governo tente a pagar menos juros para negociar os seus papéis. Segundo a agência, as elevações "refletem a melhora contínua e marcante dos indicadores da dívida externa do Brasil" e a perspectiva de um declínio na vulnerabilidade das contas públicas do País. A S&P cita o acúmulo de reservas "maior do que o esperado" para pagar as dívidas externas pública e privada como uma das iniciativas "pró-ativas" do governo brasileiro para administrar a dívida. A melhora na classificação de risco colocou o País a dois degraus do investment grade - seleção de países que oferecem risco baixo em seus papéis. Isso deve trazer mais dólares para o Brasil, favorecendo o mercado de ações e impulsionando ainda mais a queda do dólar frente ao real.

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