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Bolsa cai 0,15% nesta sexta, mas sobe 2,96% na semana

A alta desta sexta foi guiada por Petrobras, Vale e siderúrgicas

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

As notícias que beneficiaram a recuperação das bolsas internacionais foram as mesmas que puxaram os preços das commodities para baixo e, por tabela, levaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a interromper três sessões seguidas de elevação. Guiada por Petrobras, Vale e siderúrgicas, a Bolsa terminou a sexta-feira com ligeira baixa, de 0,15%, mas conseguiu garantir alta de 2,96% na semana.   Veja também: Dólar reage a mercado internacional e sobe 1,12%   Em pontos, a Bovespa terminou hoje em 55.850,1 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 55.202 pontos (-1,31%) e a máxima de 56.430 pontos (+0,89%). No mês, ainda acumula perdas de 6,14% e, no ano, de 12,58%.   A Bolsa doméstica foi influenciada pela venda principalmente de papéis ligados às commodities, que terminaram em baixa após notícias que fortaleceram a moeda norte-americana. Os investidores gostaram da informação de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estuda a possibilidade de fazer uma oferta pelo Lehman Brothers, e também do discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke, no qual ele afirmou que a taxa básica de juros da economia norte-americana não deve subir.   Com isso, o Dow Jones subiu 1,73%, aos 11.628,1 pontos, o S&P avançou 1,13%, aos 1.292,19 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,44%, aos 2.414,71 pontos. Com a queda do dólar, o petróleo também recuou e ajudou a garantir os ganhos das bolsas nos EUA. Na Nymex (bolsa de Nova York), o contrato para setembro terminou em US$ 114,59, em baixa de US$ 6,59 (-5,44%), na maior queda dos preços em termos de dólar desde janeiro de 1991. A notícia do Lehman beneficiou a recuperação do setor financeiro, também favorecidas pelas declarações de Bernanke.   Os bancos brasileiros foram contagiados pela recuperação do setor no exterior e subiram. Bradesco PN fechou em alta de 0,60%, Itaú PN, +0,90%, Banco do Brasil ON, +0,90%, e Unibanco units, +1,42%.   A agenda de hoje foi fraca e, embora as condições macroeconômicas não tenham se alterado, o dinheiro estrangeiro ainda não voltou. Isso significa que está sendo mais lento o processo de recuperação da Bovespa. O giro somou apenas R$ 3,375 bilhões (preliminar) - o menor nível do mês, cuja média diária já é baixa, de R$ 5,265 bilhões. "É preciso que o dinheiro volte para que a recuperação da Bolsa seja firme", comentou um operador.   Para a próxima semana, as mesmas variáveis que vêm permeando o cenário internacional continuam em cena, como commodities e crise norte-americana. Serão conhecidos indicadores relevantes nos Estados Unidos. Um diferencial a favor da alta dos papéis pode ser o pacote que o governo do Japão está finalizando para ajudar a economia do país e, por tabela, do mundo.

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