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Bolsa de Hong Kong passa EUA e volta a ser número 1 em IPOs

Setenta companhias já realizaram IPO na bolsa que é um dos principais mercados acionários da Ásia e levantaram US$ 29,4 bilhões até 2 de dezembro

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Por Redação
Atualização:
Pelo menos mais dez companhias devem realizar IPO nas próximas poucas semanas Foto: Bobby Yip/Reuters

HONG KONG - Hong Kong deve retomar o posto de principal bolsa de valores para ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) neste ano pela primeira vez desde 2011. Setenta companhias já realizaram IPO em Hong Kong, um dos principais mercados acionários da Ásia, e levantaram US$ 29,4 bilhões até 2 de dezembro, segundo dados da Dealogic.

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O setor financeiro domina o cenário, com metade das operações, enquanto as companhias de cuidados com a saúde também aparecem bem. Pelo menos mais dez companhias devem realizar IPO nas próximas poucas semanas.

Nas bolsas dos Estados Unidos, por outro lado, o ano tem sido fraco para essas operações. A incerteza em relação aos passos do Federal Reserve, o banco central norte-americano, e o estado da economia dos EUA manteve os mercados voláteis. Muitas companhias que poderiam ter sido candidatas a IPO acabaram compradas, em meio a um boom de fusões e aquisições. Apenas 52 companhias passaram por IPO na Bolsa de Valores de Nova York neste ano, abaixo das 118 de todo o ano de 2014. Até agora, essas operações levantaram 70% menos que o total do ano passado, que foi de US$ 74,2 bilhões.

A Bolsa de Londres, maior da Europa, também tem resultado abaixo do esperado, com as novas ofertas até agora em US$ 16,2 bilhões, de US$ 22,5 bilhões em 2014.

As companhias listadas na Bolsa de Xangai, da China, levantaram somadas US$ 16,8 bilhões no primeiro semestre, antes de os reguladores interromperem essas operações, como parte dos esforços para conter a forte queda nos mercados. O montante subiu para US$ 17,1 bilhões nesta semana, após a China acabar com a proibição e permitir que 28 companhias realizem IPOs antes do fim do ano.

Mas, no geral, "um ambiente de crescimento fraco" limitou o número de companhias que buscaram IPOs pelo mundo, disse Marshall Nicholson, diretor de mercados de capitais acionários da Nomura para Ásia, exceto Japão. 

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