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Bolsa de Nova York tem maior alta em quase 15 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

Em mais um dia de oscilações estonteantes, os mercados americanos chegaram a registrar hoje fortes quedas, seguidas de uma recuperação espetacular à tarde, encerrando o dia com a maior alta em quase 15 anos. A exuberância exibida por Wall Street hoje ajudou o mercado brasileiro a recuperar uma ínfima parte das perdas deste mês. Os índices arrancaram em Nova York, em parte por causa da postura do J.P. Morgan Chase, que se eximiu de qualquer culpa no escândalo da Enron. O índice Dow Jones disparou 6,35% e a Nasdaq fechou em alta de 4,96%. A Bovespa evitou exageros e se contentou com um ganho de 1,97% e volume financeiro de R$ 632 milhões. Num contra-ataque às recentes acusações, o executivo-chefe do J.P. Morgan Chase, William Harrison, disse durante uma teleconferência acreditar que o banco agiu "de forma apropriada e com integridade" em todos os seus acordo com a Enron. A declaração foi feita depois que a companhia, junto com o Citigroup, foi acusada de ter ajudado a Enron a esconder sua dívida e inflar seu caixa antes do colapso no fim do ano passado. Além disso, a Merck anunciou um programa de recompra de suas ações envolvendo US$ 10 bilhões e a 3M anunciou um lucro trimestral acima das expectativas, o que aliviou as expectativas dos investidores em Wall Street, de acordo com o site CNNMoney. A manhã começou com as bolsas européias e os índices futuros de Wall Street sinalizando que os mercados acionários estavam no limiar de um colapso nesta quarta-feira. Mas as perdas fortes do início do dia foram se amainando no meio da manhã sem que houvesse nenhum motivo concreto para a dissipação do pânico. No início da tarde, o mundo era outro, com Wall Street realizando uma dramática virada. A reversão da queda ocorreu simultaneamente à circulação de rumores de que o Federal Reserve, o banco central americano, teria convocado uma reunião extraordinária para discutir a possibilidade de reduzir as taxas básicas de juro do país, que atualmente estão em 1,75%. Alguns disseram que o Fed estaria liderando uma ação coordenada que incluiria outros BCs. O Fed, no entanto, agiu como de praxe e negou os rumores. Na Europa, uma seqüência de balanços e projeções ruins de lucros nocautearam as já vulneráveis bolsas. Na altura do encerramento da sessão matutina, a Bolsa de Frankfurt chegou a ceder mais de 7%. Mas o mercado alemão parecia colado ao de Nova York e também deu uma vigorosa virada. A Bolsa fechou em alta de 3,32%. A Bolsa de Londres fechou em queda de 2,1%, enquanto a de Paris terminou a sessão com baixa de 1,51%, ambas bem acima das mínimas sangrentas do dia. No mercado de moedas, o dólar estava em baixa ante o euro e o iene, com os investidores considerando que o fortalecimento visto recentemente no dólar devia-se apenas a uma correção temporária. No fim da tarde, o euro era cotado a US$ 0,9958, acima do nível de US$ 0,9888 dos últimos negócios de terça-feira em Wall Street.

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