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Bolsa de Tóquio fecha em -2,85%

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bolsa de Tóquio voltou a fechar no território negativo, confirmando os prognósticos de analistas de que a alta de ontem era apenas temporária. A desvalorização do dólar, que permitiu a alta do iene ontem, e as perdas em Wall Street serviram de pretexto para vendas e o Nikkei-225 caiu 110,22 pontos (2,85%), para 9.614,60 pontos. Ontem, o Nikkei ganhou 110,22 pontos, mas o índice tinha apresentado um tombo de 380,23 pontos na segunda-feira. O declínio de hoje levou os analistas a preverem continuação da tendência de baixa do mercado. O estrategista da Deutsche Securities, Ryoji Musha, previu que a Bolsa de Tóquio, que está 14% distante do pico recente atingido há um mês, deve perder mais 20% no próximo ano, com os investidores despertando para os fracos fundamentos da economia global. A queda do dólar abaixo do nível de 108 ienes durante a madrugada dinamitou as ações das exportadoras. A NEC caiu 6,7%; a Fujitsu, 8,5% e a Sony, 4,2%. A Japan Telecom despencou 15%, após a companhia alertar que deve fechar o atual ano fiscal com prejuízo, um revés no prognóstico de lucro previsto anteriormente. Os investidores individuais, que vinham punindo ações de bancos e do Softbank, voltaram a vender esses papéis. O Sumitomo Mitsui Financial caiu 5,4% e o UFJ Holdings perdeu 3,5%. O Mitsubishi Tokyo Financial recuou 3,2% e o Mizuho Financial desvalorizou-se 2,7%. Os papéis têm refletido a preocupação sobre os balanços semestrais que os bancos divulgarão na próxima terça-feira. O Softbank perdeu 8,97%. Além dos investidores individuais, os gerentes de fundos globais também estão perdendo as esperanças de novos movimentos de alta em Tóquio. Pesquisa conduzida pelo Merrill Lynch mostrou que o percentual de investidores com posições líqüidas acima da média em ações japonesas caiu de 38% em outubro para 36% em novembro. O percentual de gerentes de fundos que pretende ampliar posições em ativos japoneses caiu de 31% para 21%, enquanto o de analistas que pretendem reduzir a participação aumentou de 8% para 12%.

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