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Bolsa fecha em alta em meio a expectativa de acordo entre Rússia e Ucrânia; dólar tem queda 

Melhora global dos mercados foi amparada também por sinalizações da China sobre estímulos ao mercado de capitais e imobiliário 

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Por Redação
Atualização:

O tom duro do Fed, que subiu os juros em 0,25 ponto, conforme o esperado, mas prometeu outras seis altas para o ano e a redução de seu balanço patrimonial a partir da próxima reunião, assustou os investidores e chegou a apagar o otimismo visto desde o início do dia nesta quarta-feira, 16. 

Mas, ao longo da entrevista do presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, sem que o tom fosse aumentado, os ativos foram se reacomodando e voltaram mais ou menos para onde estavam antes da decisão. A melhora global dos mercados foi amparada, desde cedo, pela expectativa de um acordo entre Rússia e Ucrânia que ponha fim ao conflito, além de sinalizações da China sobre estímulos ao mercado de capitais e imobiliário.  

Mercado de ações na Ásia; principais Bolsas locais fecharam em alta Foto: Ahn Young-joon/AP Photo

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Com isso, as bolsas subiram em Wall Street, enquanto o dólar perdeu fôlego, mesmo em novo dia de recuo do petróleo. O Ibovespa pegou carona nesse cenário e fechou em alta de 1,98%, aos 111.112,43 pontos, interrompendo série negativa que já durava quatro sessões, nas quais acumulou perda de 4,33%. Já o dólar à vista fechou em queda de 1,27%, a R$ 5,0934. 

Nas bolsas de Nova York, houve perda de fôlego logo após o anúncio do Fed e o sinal chegou a ser misto, mas depois o impulso foi retomado, com os setores financeiro e de tecnologia entre os destaques. O Dow Jones fechou em alta de 1,55%, em 34.063,10 pontos, o S&P 500 subiu 2,24%, a 4.357,86 pontos, e o Nasdaq avançou 3,77%, a 13.436,55 pontos.

Mais cedo, os ganhos na Ásia foram bem superiores aos vistos no Ocidente nesta quarta-feira, "com a promessa de que o governo de Pequim tomará medidas para garantir a sustentação da economia", observa em nota a Nova Futura Investimentos. 

O Hang Seng liderou os ganhos na Ásia, com um salto de 9,08% em Hong Kong - o maior desde 2008 -, a 20.087,50 pontos. Destaque em Hong Kong, a ação do gigante de comércio eletrônico chinês Alibaba disparou 27,30%, maior avanço já registrado em um único dia. Na China, o Xangai Composto subiu 3,48%, a 3.170,71 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto se valorizou 3,62%, a 2.086,24 pontos.

Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei teve alta de 1,64% em Tóquio, a 25.762,01 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,44% em Seul, a 2.659,23 pontos, e o Taiex apresentou alta marginal de 0,09% em Taiwan, a 16.940,83 pontos.

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As principais bolsas europeias fecharam em alta, em meio a negociações entre Rússia e Ucrânia sobre o atual conflito na região. O avanço dos índices se dá ainda na esteira da recuperação de bolsas asiáticas. 

Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,62%, a 7.291,68 pontos, e em Frankfurt, o DAX avançou 3,76%, a 14.440,74 pontos. Avanço de ações de bancos apoiaram a bolsa de Paris e o CAC 40 teve alta de 3,68%, a 6.588,64 pontos, acompanhado pelo FTSE MIB, de Milão, que subiu 3,34%, a 24.284,85 pontos. 

Nas praças ibéricas, o PSI 20 avançou 1,02%, a 5622,30 pontos, e o IBEX 35 ganhou 1,75%, a 8.380,40 pontos, segundo dados preliminares.

Petróleo 

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa hoje, em sessão volátil, na qual os desdobramentos da guerra na Ucrânia seguiram impactando nos preços da commodity. Além disso, o mercado ficou atento aos dados sobre estoques nos Estados Unidos e ao relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE). Ao final da sessão, seguindo a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) de aumentar juros, as perdas foram ampliadas. 

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril recuou 1,45%, a US$ 95,04, enquanto o do Brent para maio baixou 1,89%, na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 98,02.