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Bolsa de Xangai dispara com corte de imposto sobre ações

Por TOM MILES
Atualização:

As ações chinesas tiveram um dia de forte valorização e o dólar apresentou uma modesta recuperação nesta quinta-feira, influenciado mercados na região antes da divulgação de balanços de empresas. Às 8h08 (horário de Brasília) o índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,08 por cento, aos 491 pontos. A boa notícia na China foi um corte de dois terços em um imposto sobre operações com ações, visto como uma tentativa do governo de interromper a queda aguda no índice Shanghai Composite, que acumula desvalorização de mais de 50 por cento desde outubro do ano passado. Nesta quinta-feira, a bolsa teve alta de 9,29 por cento. "Hoje o mercado está cheio de exuberância. Mas eventualmente são seus alicerces, e não as políticas do governo, que decidem o preço das ações", afirmou Chen Ge, diretor na Fullgoal Fund Management. "Assim, antes de vermos sinais de uma economia em melhora. Eu não creio que o rali se tornará uma decolagem. Futuras altas serão contidas pela vontade crescente dos acionistas institucionais de realizarem lucros." O índice Hang Seng da bolsa de HONG KONG ganhou 1,55 por cento, para 25.680 pontos. Em TAIWAN, a bolsa recuou 0,2 por cento. A alta em Xangai chegou a dar alguma força à bolsa no Japão, mas o nervosismo dos investidores frente aos resultados corporativos pesaram mais na sessão. O índice Nikkei da bolsa de TÓQUIO recuou 0,28 por cento, para 13.540 pontos. A JFE Holdings, terceira maior produtora mundial de aço, divulgou uma queda de 2,1 por cento no lucro e afirmou ainda não estar pronta para oferecer uma projeção anual, uma vez que ainda está negociando aumento nos preços. As ações da empresa perderam 2,6 por cento. Ações de mineradoras e petrolíferas como a BHP Billiton também se desvalorizaram com o dólar reduzindo os preços dessas commodities. A última commodity a atingir preço recorde foi o arroz, segunda maior cultura de grãos do mundo, que vem atingindo picos consecutivos devidos a temores de escassez que levaram à restrições de exportação. Na Coréia o Sul, a bolsa de SEUL recuou 0,08 por cento, a 1.799 pontos. Na Austrália, a bolsa de SYDNEY teve queda de 1,16 por cento, para 5.587 pontos. CINGAPURA caiu 0,51 por cento.

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