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Bolsa despenca e dólar permanece baixo

As incertezas externas e a perspectiva de que os juros internos não venham a cair tão cedo levaram os investidores a embolsar os ganhos recentes com ações, vendendo-as. Mas o dólar permaneceu baixo. O comercial para venda subiu para R$ 2,4820, os juros do DI a termo de um ano subiram para 21,110% ao ano e a Bovespa caiu 4,29%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados continuam ajustando as cotações dos ativos em função das declarações do início da semana indicando uma política de juros mais elevados do que os investidores acreditavam. O governo anunciou que as metas de inflação serão prioridade no ano que vem, e, como a inflação está pressionada, esse foi um sinal de que a Selic - taxa básica referencial de juros da economia - não deve cair nos próximos meses. As incertezas externas e quedas nas bolsas em Nova York ajudaram, e a Bolsa de Valores de São Paulo despencou 4,29%. Os investidores vendem ações para embolsar os ganhos referentes às altas das últimas semanas. Mas o dólar não sofreu tanto com o pessimismo, mantendo-se pouco acima do fechamento de ontem, em R$ 2,4820. Além disso, o impacto das notícias de ontem da Argentina ainda se faz sentir. Surgiram boatos de que a equipe econômica esteja sofrendo pressões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para realizar reformas profundas no país, incluindo alterações no regime de conversibilidade. Os desmentidos não tardaram, mas o risco país não se recuperou e continua em torno de 3000 pontos. Para piorar, o Fed - banco central norte-americano - divulgou o relatório sobre as condições da economia conhecido como livro bege. Os dados da autoridade monetária revelam que a economia continua em desaceleração, fato confirmado ontem pelo índice de confiança do consumidor de novembro, que voltou a despencar, atingindo o menor nível desde fevereiro de 1994. Fechamento dos mercados A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 4,29%. O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,4820, com alta de 0,40%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 21,110% ao ano, frente a 20,500% ao ano ontem. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em queda de 3,03%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - apresentava queda de 1,63%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - estava em queda de 2,48%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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