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Bolsa e dólar seguem francamente otimistas

As contas externas tornaram a agradar os investidores e o mercado já acredita na liberação de US$ 1,26 bi do FMI para a Argentina. Provável aumento nas tarifas de energia também agradaram. O dólar comercial para venda caiu para R$ 2,4800, os juros do DI a termo de um ano subiram para 20,200% ao ano e a Bovespa subiu 2,50%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Vários fatos novos hoje agitaram os mercados financeiros. No balanço do dia, dólar e bolsa saíram mais otimistas, e o mercado de juros ficou um pouco mais apreensivo. O dólar fechou a R$ 2,4800, uma queda de 0,96%. As contas externas voltaram a mostrar resultados positivos, especialmente quanto aos investimentos diretos estrangeiros, que devem ficar em US$ 19 bilhões para esse ano, ligeiramente acima do esperado, derrubando o dólar. Vale lembrar que a marca foi atingida mesmo sem entradas referentes a privatizações. Por outro lado, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Francisco Gros, afirmou que as tarifas de eletricidade devem ser reajustadas para compensar as perdas com o racionamento de energia, impulsionando as ações de empresas do setor. Já o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, declarou que o governo perseguirá obstinadamente a meta de inflação de 3,5% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso seria uma indicação de que a taxa básica referencial de juros, a Selic, não deve cair tão cedo como esperam muitos investidores, pois essa medida baratearia o crédito, impulsionando o consumo. Assim, o resultado seria mais pressão inflacionária. Com isso, as taxas no mercado subiram. Nos Estados Unidos, dados divulgados hoje mostram que a economia entrou na recessão em março, só sendo agravada pelos atentados terroristas. E, embora haja indicações otimistas de consumo durante o feriado da semana passada, a queda da economia está maior que o esperado. Analistas já falam em novo corte do juro básico, que passaria a 1,75% ao ano na próxima reunião do Fed - banco central norte-americano -, em 11 de dezembro. E as expectativas em relação à Argentina melhoraram ligeiramente. O governo precisa desesperadamente da liberação de US$ 1,26 bilhões referentes à última parcela do ano do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o mercado acredita que a verba deve ser liberada. A União, que não cumpriu as metas acordadas, terá de desembolsar até US$ 2,7 bilhões até o final do ano e conta com o dinheiro do Fundo para não quebrar imediatamente. Ainda assim, a situação financeira está por um fio e as apostas ainda são de que deve haver uma ruptura traumática no ano que vem. Fechamento dos mercados O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,4800, com queda de 0,96%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 20,200% ao ano, frente a 19,780% ao ano sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,50%. Às 18:30, o índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires operava em alta de 5,31%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York -apresentava alta de 0,15%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - estava em alta de 1,71%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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