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Bolsa ensaia recuperação e fecha com ganho de 0,8%; Dólar encerra a R$ 2,154

O conturbado ambiente externo, porém, afetou novamente o comportamento do mercado doméstico de câmbio

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bolsa recuperou nesta quinta-feira parte das pesadas perdas de quarta. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou com ganho de 0,80%, aos 35.797 pontos. O índice oscilou entre a mínima de -1,10% e a máxima de +1,01%. O volume negociado totalizou R$ 2,01 bilhões. Porém, o conturbado ambiente externo afetou novamente o comportamento do mercado doméstico de câmbio, fazendo o dólar comercial fechar em alta de 0,09%, valendo R$ 2,154. O Ibovespa mudou o sinal no meio da tarde, acompanhando a melhora das bolsas norte-americanas, de acordo com operadores. Em Nova York, os principais índices das bolsas fecharam com leve ganho, apesar do dado de vendas de imóveis novos nos EUA em julho, que caíram mais fortemente do que o previsto (-4,3%, ante previsão de -2,7%). As encomendas de bens duráveis também mostraram baixa superior à prevista (-2,4%, ante -1%). Por outro lado, o número semanal de pedidos de auxílio-desemprego no país recuou, contra estimativas de alta. Os indicadores zeraram as preocupações relacionadas a um novo aumento na taxa de juros, mas também alimentaram os temores sobre uma desaceleração do crescimento econômico. A dúvida dividiu os investidores entre os que apostam na alta das ações e os que apostam na baixa. Mas deixou espaço para que alguns papéis se recuperassem. Por aqui, o mercado acionário foi puxado por Petrobras, Vale do Rio Doce e setor elétrico. A ação preferencial (PN) da Petrobras PN subiu 1,05%, corrigindo perdas anteriores e ajudada pela alta do petróleo. O papel preferencial classe A (PNA) da Vale registrou ganho de 1,31%. Fora do índice, merece destaque Varig PN, que disparou 40,71%. Dólar A maioria dos dados da economia norte-americana divulgados nesta quinta ajudou a reforçar a idéia de desaquecimento nos EUA e a consolidar as apostas em pausa no aperto monetário daquele país. Os investidores reagiram negativamente lá fora e também por aqui. O dólar comercial fechou valendo R$ 2,154, em alta de 0,09%. A moeda oscilou entre a mínima de R$ 2,144 e a máxima de R$ 2,164. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista também subiu 0,09%, para R$ 2,153. Os dados que mais chamaram a atenção foram os do setor imobiliário. As vendas de imóveis novos caíram 4,3% em julho, superando a estimativa de um recuo de 2,7% feita pelos analistas. No entanto, são necessárias ponderações e, por isso, o mercado não teve reações abruptas. Se de um lado a queda em julho superou as estimativas, de outro o resultado de junho foi revisado para cima, minimizando o efeito da taxa divulgada hoje. As vendas de junho foram revisadas para -0,9%, ante a divulgação inicial, de -3%. Os dados de encomendas de bens duráveis também apresentaram informações conflitantes. Segundo o Departamento do Comércio, o indicador referente a julho apresentou queda de 2,4%, ante estimativas de recuo de 1%. Porém, também nesse indicador, houve revisão para melhor na taxa de junho, que passou dos anteriores 2,9% para 3,5%.

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