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Bolsa se mantém acima dos 110 mil pontos e tem segundo recorde seguido

Variação foi de 0,29%; já o dólar registra quarta queda consecutiva e fica na menor cotação desde 13 de novembro

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Luis Eduardo Leal , Monique Heemann , Altamiro Silva Junior (Broadcast) e Simone Cavalcanti
Atualização:

A percepção de melhora da economia brasileira e a alta do petróleo na maior parte do dia, o que ajudou no avanço dos papéis da Petrobrás, levaram o Ibovespa a bater novo recorde, ao passo que o dólar engatou o quarto pregão seguido de desvalorização ante o real.

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Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa renovou máxima histórica, sem, contudo, encerrar no pico como na quarta-feira, quando havia ainda prevalecido certo entusiasmo com o PIB do terceiro trimestre e algum sinal de progresso entre EUA e China. Ontem, sem novos catalisadores do mesmo calibre, o principal índice de referência da B3 fechou em alta de 0,29%, aos 110.625,9 pontos.

Embora limitando os ganhos observados mais cedo, destaque para avanço de 1,3% nas ações ordinárias e preferenciais da Petrobrás, em dia de sinalização positiva sobre corte de produção na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A avaliação geral é a de que o humor externo continuará a ser modulado pela expectativa quanto a um possível acordo até o dia 15 entre EUA e China, que impeça a imposição de novas sobretaxas. “Há ainda muito ruído, idas e vindas, mas o mercado parece já estar antecipando um desfecho positivo sobre EUA-China, na medida em que as notícias eventualmente ruins têm reverberado bem menos (sobre os preços dos ativos) do que algum tempo atrás”, diz Raphael Figueredo, sócio e analista da Eleven Financial Research.

À tarde, o presidente americano, Donald Trump, afirmou a repórteres na Casa Branca que “algo poderia acontecer” em relação às tarifas programadas para 15 de dezembro, que correspondem a uma elevação da alíquota já existente, de 10% a 15%, sobre cerca de US$ 156 bilhões em bens chineses. Ele ponderou, contudo, que “não estamos discutindo isso ainda” e acrescentou que as negociações estão “prosseguindo bem”, em tom semelhante ao que tem sido observado pelas autoridades chinesas.

Assim, a fraca leitura sobre a produção de veículos, em queda de 7,1% em novembro frente ao mesmo mês de 2018, divulgada ontem pela Anfavea, não abalou os ânimos do mercado, que parece seguir mais atento aos sinais positivos que têm chegado da economia brasileira do que a eventuais reveses.

Em Nova York, o dia foi de leves variações, com os três principais indicadores do mercado acionário, que encerraram o dia perto da estabilidade, em viés de alta.

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Dólar

A moeda americana registrou ontem a quarta queda consecutiva e fechou o dia na menor cotação desde 13 de novembro. A moeda americana caiu 0,34%, para R$ 4,1882. O movimento foi influenciado pelo enfraquecimento do dólar no exterior, em meio à perspectiva de que avancem as conversas dos Estados Unidos com a China até o dia 15, quando novas tarifas devem entrar em vigor. O dólar não fechava abaixo do patamar psicológico de R$ 4,20 desde 22 de novembro.

O gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini, ressalta que, na falta de notícias mais significativas, o dólar oscilou na sessão de hoje por causa de questões técnicas – como fluxo de remessas de companhias ao exterior – e, na parte da tarde, ao sabor da variação das divisas globais. “Na falta de alguma notícia mais forte, o câmbio no Brasil acabou flutuando a reboque do exterior.”

Bolsa de Valores Foto: Hélvio Romero/AE
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