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Bolsa lança portal com ‘cardápio’ de fundos de índice em parceria com gestoras

B3 oferece hoje 116 ETFs, ou fundos de índice, que replicam desde o Ibovespa até a flutuação de criptomoedas

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Por Fernanda Guimarães
Atualização:

Depois de ver o número de investidores nos fundos de índice (ETF, na sigla em inglês) praticamente dobrar apenas no primeiro semestre deste ano e se aproximar de 500 mil pessoas, a Bolsa brasileira lança nesta terça-feira, 24, um novo portal que reúne informações sobre o produto,de olho no potencial dessa classe de ativo, que replica os mais diferentes índices – os da B3, como o próprio Ibovespa – ou de bolsas estrangeiras.

“Vimos uma necessidade de pessoas físicas e investidores institucionais entenderem as diferentes características de cada classe de ativos”, afirma o diretor de relacionamento com clientes e pessoa física da B3, Felipe Paiva. Por trás no lançamento está o intuito de prover conteúdo para pavimentar a chegada de novos investidores. Nessa missão, outros lançamentos do gênero estão sendo estudados. 

A Bolsa brasileira está lançando um novo portal que reúne informações sobre fundos de índice. Foto: Werther Santana/Estadão

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Ao lado da B3 nessa iniciativa estão algumas gestoras que têm apostado no crescimento desse mercado, que já é muito desenvolvido no exterior e que agora começa a ganhar tração no Brasil. Hoje são 116 negociados na Bolsa brasileira – número que vem crescendo constantemente, sendo que cerca de 20 foram lançados em 2021. 

As estratégias são diversas e vão da tradicional renda variável e renda fixa, para fundos que replicam índices do setor imobiliário, commodities e até criptomoedas – ativos que cada vez mais tem atraído os investidores. 

Visualização fácil

O executivo da Bolsa brasileira comenta que o lançamento decorre de uma demanda dos próprios investidores, tanto pessoas físicas quanto institucionais, que sentiram necessidade de ter uma visualização mais fácil dos ETFs disponíveis e um instrumento para comprar o desempenho de cada um. Isso já é comum, por exemplo, na indústria de fundos, na qual as próprias plataformas de investimentos disponibilizam esse serviço. 

Paiva diz esse mercado ainda tem muito para crescer no Brasil e é muito pequeno se comparado a mercados mais maduro, como nos Estados Unidos, onde essa indústria chega a US$ 5 trilhões. Por aqui, o patrimônio dessa indústria é de R$ 305 bilhões. A expansão vem sendo forte: esse total era de R$ 46 bilhões há cinco anos.

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O ETF sempre foi uma aposta para trazer as pessoas físicas à Bolsa, mas só deslanchou em um cenário de juros mais baixos. O primeiro ETF foi lançado há quase duas décadas e a maioria deles, até pouco tempo atrás, tinha pouca liquidez. 

Além da B3, fazem do projeto do portal BlackRock, Hashdex, Itaú Asset, Investo, QR Capital e XP Asset. Mais parceiros deverão ser incluídos no projeto. A ideia é que o investidor encontre no portal conteúdo educacional, além de dicas de como escolher uma corretora, até uma ferramenta de comparação. 

“Nossa jornada no mercado de ETFs começou em 2004 quando lançamos o primeiro ETF do mercado Brasileiro. Desde então, temos apoiado o seu desenvolvimento com novos ETFs, bem como através de ações educativas para explicar os benefícios destas estratégias”, comenta o responsável pelas estratégias beta e integração ESG na Itaú Asset.

Para a presidente da BlackRock no Brasil, Karina Saade, os fundos de índice têm desempenhado um papel importante na democratização do investimento em todo o mundo. “É gratificante vê-los ganhar tração aqui no Brasil”, afirma. 

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