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Bolsa não atrai fundos de pensão

Considerados investidores de peso, os fundos de pensão direcionam a maior parte de seus recursos para renda fixa. Com um cenário mais atraente para a Bolsa, analistas consideram que haveria uma migração de dinheiro novo para ações.

Por Agencia Estado
Atualização:

O baixo volume de recursos no mercado de ações é o indicador do interesse reduzido dos investidores pelo segmento de renda variável. Fatores como a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), falta de uma legislação que beneficie o investidor minoritário e instabilidades no cenário externo vêm inibindo a entrava de dinheiro novo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Nesse ano, a média diária de negócios no pregão tem girado em torno de U$ 390,571 milhões. Em 1997 chegou a atingir uma média diária de US$ 675,852 milhões - ápice de um movimento crescente registrado desde o início da década. Porém, com as crises asiática e russa a partir de 1997, esse volume vem diminuindo. Em 1998, a média diária foi de US$ 494,594 milhões e, em 1999, US$ 307,309 milhões. De acordo com Nicolas Balafas, diretor de renda variável do BNP Asset Management, com a melhora da percepção dos investidores em relação ao mercado de ações, o volume de recursos na Bolsa tende a aumentar. "O resultado disso deve ser uma valorização do preço dos papéis das empresas. Mas isso é gradual. Antes da entrada dos investidores pessoa física, a expectativa é que os fundos de pensão e os investidores estrangeiros antecipem a tendência, melhorando o volume de recursos na Bolsa", explica. Fundos de pensão: poucos recursos para o mercado de ações Considerados investidores de peso no mercado financeiro, os fundos de pensão representam a reserva dos funcionários de empresas formada com o objetivo de complementar a aposentadoria. Nos últimos anos, com a manutenção dos juros em níveis elevados, os fundos de pensão diminuíram de forma significativa seus recursos no segmento de ações. "Isso porque, para atingir as metas atuariais, ou seja, pisos de rentabilidade, os fundos de pensão podem direcionar seus recursos para investimentos atrelados às taxas de juros, que oferecem rentabilidade atrativa e sem nenhum risco", afirma Balafas. Instabilidades no cenário externo - crise asiática (1997), crise russa (1998), baixo desempenho da Nasdaq e as oscilações do petróleo recentemente - contribuíram para retrair ainda mais os investimentos em ações na composição das carteiras dos fundos de pensão. Veja na seqüência como os fundos de pensão compõem suas carteiras.

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