18 de julho de 2019 | 18h11
O dólar acentuou a queda nesta quinta-feira, 18, em linha com a tendência de desvalorização da moeda americana no resto do mundo e fechou em baixa de 0,84%, sendo cotado a R$ 3,7290, no menor patamar desde 19 de fevereiro. O Ibovespa retomou o nível dos 104 mil pontos, terminando o dia em 104.716,59, com alta de 0,83%.
Ajudaram a Bolsa tanto o cenário exterior quanto a percepção de impacto positivo da liberação de saques de parte do FGTS e PIS/Pasep, ainda que o detalhamento tenha sido adiado desta quinta-feira para a próxima semana, como informou o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni.
A suspensão da tramitação da reforma da Previdência é tida como um dos motivos para o movimento fraco no mercado de ações. Também seria o motivo para a saída de recursos externos da Bolsa, que segue firme, contrariando previsões. Na última terça-feira, os estrangeiros retiraram R$ 759,3 milhões da B3, a Bolsa de São Paulo, levando o acumulado de julho a um saldo negativo de R$ 1,7 bilhão.
A exemplo de quarta-feira, a notícia sobre o FGTS, antecipada pelo Estado, continuou repercutindo positivamente nos setores de consumo e imobiliário. Os papéis das Lojas Americanas subiram 2% e os de Magazine Luiza e Via Varejo, 1%. A construtora MRV fechou o dia em alta de 2,85%, depois da informação de que o ministro Paulo Guedes exigiu manter intocados os recursos do FGTS direcionados à construção civil.
Por outro lado, os papéis da Vale, com queda de 0,19%, e da Petrobrás, com baixa de 1,09%, foram afetados pela desvalorização nos preços das commodities.
Bolsas no mundo renovaram máximas e o dólar ampliou perdas de forma generalizada ante as demais moedas, na medida em que cresceram as apostas num corte mais agressivo dos juros pelo banco central dos Estados Unidos este mês. / Wagner Gomes, Gabriel Bueno da Costa, Altamiro Silva Junior e Paula Dias
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