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Bolsa sobe com alta das ações do Banespa

Alta das ações do Banespa ajudam a Bolsa a subir. Porém, o baixo volume de negócios revela que o investidor ainda mantém a cautela. Juros e dólar permanecem estáveis.

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar da queda da Nasdaq - bolsa norte-americana que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet -, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou do lado positivo. A alta foi impulsionada pela valorização das ações do Banespa. Os papéis da instituição apresentaram bom desempenho em função da divulgação do edital de privatização do banco que deverá ocorrer no dia 20 de novembro na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ). Serão vendidos 11,232 bilhões de ações a um preço mínimo de R$ 1,850 bilhão. O lote de ações, de acordo com o edital de venda do banco, equivale a 30% do capital social da instituição. O Banco Central (BC), além disso, ofertará mais 1,248 bilhão de ações aos empregados do banco por um preço mínimo de R$ 97,383 milhões. No início da tarde, a Bovespa operava em alta de 1,37%. As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) do Banespa registram valorização de 6,48% e as ordinárias (ON, com direito a voto) apresentavam ganho de 7,80%. Mas os investidores continuam cautelosos. As empresas norte-americanas divulgam seus balanços trimestrais durante o mês de outubro e há expectativa de queda nos resultados em função da desaceleração suave da economia dos Estados Unidos e queda nas cotações do euro. O volume de negócios no Brasil é prejudicado por esse cenário. Hoje, na primeira parte do pregão, a Bovespa apresentou um giro de R$ 196 milhões, projetando R$ 430 milhões para todo o pregão. Inflação em queda No mercado interno, a inflação continua dando sinais de recuo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de setembro ficou em 0,27% e confirmou as estimativas do mercado. O cumprimento da meta inflacionária deste ano já é praticamente certo. Porém, as taxas de juros ainda não caíram em função da instabilidade do preço do petróleo e das conseqüências que ela pode ter na economia mundial e brasileira, no próximo ano. De acordo com apuração da editora Márcia Furlan, a Fipe estima que a inflação de outubro chegue a 0,40%. A instituição destaca que, neste mês, haverá pressão dos preços da carne bovina e da entrada da coleção de primavera-verão nas lojas, o que afeta o grupo do vestuário. Segundo estimativa do coordenador do IPC, Heron do Carmo, os índices devem se manter neste patamar em outubro e novembro. Em dezembro deve haver um pequeno recuo. Há pouco, o barril do produto bruto do tipo Brent para entrega em novembro estava cotado a US$ 30,48 em Londres - queda de 0,57% em relação ao fechamento de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 17,020% ao ano, estáveis em relação ao que foi registrado ontem. Já o dólar começou está cotado a R$ 1,8530 - também estável em relação aos últimos de negócios de ontem.

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