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Bolsas aceleram queda com aumento do desemprego nos EUA

Bovespa mantém-se no terreno negativo e cai mais de 1%; dólar volta a subir nesta sexta, cotado a R$ 2,55

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

As bolsas aprofundaram suas perdas no exterior, depois de o Departamento do Trabalho dos EUA confirmar as piores previsões para o payroll, que indica a oferta de emprego nos EUA. Frankfurt e Paris registram perdas superiores a 4% e os futuros de Nova York caem mais de 2%. Por aqui, a Bovespa abriu em queda e se manteve no terreno negativo. Às 12h15 (de Brasília), o Ibovespa perdia 1,78%, aos 34.503 pontos. Após disparar na quinta-feira, o dólar voltou a subir nesta sexta. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia 1,31%, cotada a R$ 2,552.   Veja também: EUA realizam o maior corte de vagas de trabalho desde 1974 Desemprego, a terceira fase da crise financeira global Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    "Terrível. Isto é muito ruim para o mercado", disse um trader. Entretanto, outro operador observou que "a taxa de desemprego (6,7%) não é tão ruim, portanto, há com o que se confortar".   Às 11h59 (de Brasília), o futuro Nasdaq-100 caía 1,61% e o S&P 500 recuava 1,72%; Londres perdia 1,83%; Frankfurt recuava 3,41% e Paris cedia 3,96%. O euro caía 0,67% para US$ 1,2660; o dólar perdia 0,50% para 91,88 ienes. O juro do T-bond de 30 anos estava em 3,07010%; do note de 10 anos estava em 2,60295%.   A volatilidade, de qualquer modo predomina. No mercado de moedas, por exemplo, o dólar oscilou, com investidores atribuindo o movimento a uma busca por proteção imediatamente após o número, o que puxou brevemente o dólar das mínimas, seguida por uma constatação mais pessimista, de que o dólar tende a ser prejudicado pela deterioração da economia dos EUA.   O mercado de trabalho cortou 533 mil vagas em novembro, superando a previsão dos economistas ouvidos pela Dow Jones de corte de 350 mil. Nesta manhã, os economistas mais pessimistas previam redução superior a 500 mil. O corte em novembro é o mais acentuado desde dezembro de 1974. A taxa de desemprego subiu para 6,7%, a maior desde outubro de 1993, e economistas previam a taxa a 6,8%. As informações são da Dow Jones.   Dólar   O dólar subiu pelo sexto dia seguido na quinta-feira e superou, pela primeira vez em três anos e meio, a marca de R$ 2,50. A alta de 1,78% levou a moeda americana para R$ 2,519, maior cotação desde 29 de abril de 2005. Em 2008, o ganho é de 41,9%.   Nesta sexta, o Banco Central realizou dois leilões de venda de dólares no mercado à vista. A cotação da moeda norte-americana mostra trajetória de alta pelo sétimo pregão consecutivo, alimentada, principalmente, pela cautela com a divulgação do payroll nos EUA. Os operadores acreditam também que pode haver saída de recursos, já que o BC veio oferecer liquidez aos investidores.   Apesar da disparada do dólar, os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro não mostram influência significativa de pressão da alta da moeda norte-americana sobre a inflação. O índice ficou em 0,36% em novembro, ante 0,45% em outubro - abaixo da expectativa dos analistas. "Ao mesmo tempo que o dólar sobe, os preços das commodities (matérias-primas) estão caindo, então o efeito no mercado interno é de não haver forte alta nos alimentos", explicou a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

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