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Bolsas americanas fecham em queda de 3% com piora em índice

Recuo no setor de serviços nos Estados Unidos, divulgado nesta 3ª, aumenta temor sobre a economia do país

Por Reuters
Atualização:

As Bolsas americanas fecharam em queda nesta terça-feira, 5, com o recuo no setor de serviços no país, divulgado nesta terça-feira, 5. A piora no indicador aumentou o temor dos investidores sobre o risco de recessão no país. A exemplo das Bolsas européias, que fecharam com forte queda, as Bolsas americanas registram perdas significativas desde o início dos negócios desta terça. O índice Dow Jones industrial teve queda de mais de 369 pontos ou 2,92%. O índice Standard & Poor's 500 caiu 44 pontos ou 3.19%. O índice Nasdaq perdeu 73 pontos ou 3,08%. O índice europeu de blue-chips FTSEurofirst 300 fechou o dia em baixa de 3,2%, a 1.313 pontos. Na Europa ocidental, todos os 16 principais índices nacionais ficaram no vermelho. Nas bolsas européias, os bancos tiveram o pior desempenho no dia, já que os temores de uma recessão nos EUA, combinados com uma série de downgrades de corretoras, derrubaram todo o setor. Os papéis do HSBC perderam 2,4%, enquanto os do RBS caíram 5,6% e os do BNP Paribas perderam 5,8%. Entre as ações de montadoras, as da Renault tiveram baixa de 7,4% e as da BMW recuaram 6%. Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 2,63%, a 5.868 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX despencou 3,36%, para 6.765 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 3,96%, para 4.776 pontos. Em Milão, o índice Mibtel encerrou em queda de 3,06%, a 25.669 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 5,19%, para 12.814 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 teve baixa de 3,48%, para 11.078 pontos. O setor de serviços nos Estados Unidos recuou fortemente em janeiro para níveis inéditos desde a recessão em 2001, aumentando, assim, os temores que assombram a economia americana. "A recessão chegou de fato", afirmou Jane Caron, economista-chefe na Dwight Asset Management em Burlington, Vermont. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, afirmou nesta terça-feira, 5, que acredita que a economia norte-americana terá pequeno crescimento no curto prazo e que o mercado de capitais vai se recuperar de um período difícil de estresse conforme os riscos forem novamente avaliados e precificados. "A economia dos Estados Unidos é diversa e resistente e nossos alicerces de longo prazo são fortes. Creio que a economia continuará a crescer, embora num ritmo mais lento do que vimos nos últimos anos", disse Paulson em discurso preparado ao Comitê de Finanças do Senado dos EUA. Paulson afirmou ainda que a "primeira preocupação" do Tesouro é ajudar o mercado de capitais a passar pelo atual estresse. O Tesouro está monitorando de perto o mercado de capitais e defendendo disciplina forte gerenciamento de risco. "Ainda que estejamos num período difícil de transição com os mercados reavaliando os riscos, tenho grande confiança em nossos mercados. Eles se recuperaram de períodos problemáticos similares no passado, e o farão novamente", acrescentou.

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