O último pregão de julho terminou sem uma solução para o aumento do teto da dívida dos EUA e com a Europa ainda mergulhada em incertezas. Esse ambiente externo conturbado penalizou fortemente os ativos de risco, especialmente ações. Em Nova York, o índice Dow Jones e o S&P-500 registram três meses consecutivos de baixas, o que não era visto desde 2008. O Dow caiu 2,18% em julho e o S&P 500 se desvalorizou 2,15%. Aqui, a Bovespa teve o pior mês desde maio de 2010 e rompeu níveis importantes. A perda acumulada em julho pelo Ibovespa atingiu 5,74%, elevando para 15% a desvalorização no ano. Ontem, depois de oscilar, a Bolsa subiu 0,20% e conseguiu defender o patamar dos 58 mil pontos. O crescimento mais lento do que o esperado da economia norte-americana no segundo trimestre, de 1,3% ante previsão dos economistas de 1,8%, e a revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, de 1,9% para 0,4%, deram mais motivos para os investidores ficarem desapontados. A fragilidade evidenciada pela maior economia do mundo e o suspense do endividamento dos EUA jogaram contra o dólar nessa sexta-feira. Após ter subido 2,15% nas duas últimas sessões em reação às medidas no mercado de derivativos, a moeda retomou o caminho de baixa, alinhada com o exterior. O dólar caiu 1,02%, a R$ 1,5530 no balcão, também influenciado pela formação da taxa Ptax (taxa média do dólar à vista) de fim de mês. No day after da ata do Copom, os juros futuros de curto prazo se mantiveram estáveis enquanto as taxas de longo prazo devolveram prêmios.