A expectativa de um resultado fraco da Alcoa na abertura ontem da safra de balanços do 4º trimestre nos EUA e a queda dos preços das commodities justificaram vendas de ações nas bolsas pelo mundo. O petróleo em Nova York caiu 7,94%, para US$ 37,59 o barril para fevereiro, em meio a liquidações antecipadas de contratos e temores com a redução da demanda global. Na Bovespa, a queda dos papéis foi generalizada, mas o movimento de realização de ganhos recentes foi mais forte com Petrobrás, Vale e empresas do setor siderúrgico, que tiveram perdas superiores a 6%. O Ibovespa recuou 5,25%, aos 39.403,47 pontos, e reduziu a alta no mês para 4,94%. O dólar encontrou suporte ante o real na valorização em relação ao euro e a libra, amparado na demanda de players que reduziram posições em commodities e ações. O dólar subiu 1,01%, a R$ 2,294 no balcão. O ajuste em alta dos juros ontem pela manhã perdeu força à tarde e a taxa de janeiro de 2010 recuou a 11,56%. O sentimento no mercado é de que com a desaceleração da economia local acima do esperado e o alto diferencial de juros interno e externo o Copom poderá iniciar o ciclo de afrouxamento monetária na próxima semana com um corte mais ousado da Selic. FRASE Yoshiaki Nakano Diretor da Escola de Economia da FGV-SP "Postura do BC precisa mudar porque País já está em recessão pelos efeitos da crise externa. Atual momento justificaria reunião extraordinária do Copom para corte de juros"