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Bolsas caem com exigências sobre pacote a montadoras nos EUA

Governo Obama pressionou pela queda do presidente da GM e vinculou ajuda à Chrysler à fusão com a Fiat

Por Clarissa Mangueira
Atualização:

Se os temores com os bancos foram amenizados pelo plano de resgate dos Estados Unidos, agora são as montadoras que provocam forte estresse entre os investidores. Na expectativa do anúncio de Barack Obama sobre a estratégia a ser adotada para as empresas, as bolsas europeias desabam, depois de fortes perdas registradas pela Ásia.

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O volume de negócios foi moderado em Tóquio, com um giro de cerca de 2,2 bilhões de ações.

Os papéis da Toyota Motor caíram 3,7%, enquanto os da Honda Motor afundaram 6,7%. Muitos analistas têm observado que um colapso do setor automotivo nos EUA pode afetar as montadoras japonesas, em parte porque ambos os lados utilizam os mesmos fabricantes de componentes. As ações do setor imobiliário afundaram com a realização de lucros, após registrarem fortes ganhos na semana passada provocados pelo anúncio do governo japonês de um pacote que prevê isenções tributárias para reviver a demanda no setor imobiliário. Mitsui Fudosan caiu 9,2%. As siderúrgicas também tiveram um desempenho inferior ao mercado em geral, com a Nippon Steel caindo 5,6%.

 

Na Europa, os principais mercados operam em queda.  Na expectativa do anúncio de Barack Obama sobre a estratégia a ser adotada para as empresas, as bolsas europeias desabam, depois de fortes perdas registradas pela Ásia.

 

Às 7h36 (de Brasília), as bolsas de Londres (-2,00%), Paris (-2,61%) e Frankfurt (-3,28%) recuavam.

O desempenho das moedas europeias também era bastante negativo. O euro perdia 0,83%, para US$ 1,3178, e a libra caía 1,13%, para US$ 1,41595. O dólar era cotado a 96,58, queda de 1,32%.

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No mesmo horário (acima), o petróleo perdia 3,32%, para US$ 50,64

 

Também pesam sobre o mercado hoje as afirmações do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, feitas no final de semana em entrevista a um programa da ABC News. Ele disse que é crucial para a administração Obama ter recursos substanciais para implementar várias medidas para reabilitar bancos e outras instituições financeiras afetadas pela crise.

 

Até então afastada de problemas mais sérios no setor financeiro, a Espanha teve de resgatar o primeiro banco desta crise. O governo injetará 9 bilhões de euros para dar liquidez para a Caja Castilla La Mancha.

E este é apenas o começo de uma semana muito agitada, movimentada pela reunião do G-20 e a decisão do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira e o payroll na sexta-feira. 

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