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Bolsas caem com expectativa sobre decisão do Fed nos EUA

Às 13h30, a queda da Bovespa é de 1,85%. O cenário pessimista também afeta o mercado de câmbio

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Por Redação
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O receio de que os índices de inflação subam mais do que o esperado, o que levaria o Banco Central (BC) no Brasil a subir ainda mais a taxa de juros; e a expectativa com a decisão do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) na quarta azedaram o humor dos investidores no mercado de ações nesta terça-feira. Veja também: Mesmo sem alta da gasolina, IGP-M está acima das previsões Especial: Entenda a crise dos alimentos  Compare a taxa Selic com os juros ao consumidor  Especialista da Fipe comenta aceleração da inflação      A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou em baixa durante toda a manhã e deve se manter assim à tarde. Às 13h30, a queda é de 1,85%. O cenário pessimista também afeta o mercado de câmbio. O dólar comercial está no patamar máximo do dia até este horário e é negociado a R$ 1,7070, em alta de 1,13%. Em Nova York, as bolsas também operam em baixa. O índice Dow Jones recua 0,26% e a Nasdaq cai 0,31%. Se a queda dos juros nos EUA for interrompida, a economia pode ter um crescimento menor. Conseqüência disso para o mercado hoje foi a queda do preço do barril do petróleo, que ontem chegou bem perto dos US$ 120 o barril. No início da tarde, o barril era negociado em baixa superior a 2% na bolsa eletrônica de Nova York (Nymex), a US$ 114,10 o barril. Com isso, as ações da Petrobras caíram. As ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras caem 3,38%. Já as preferenciais (PN, sem direito a voto) têm baixa de 3,03%. A expectativa de que esta reunião do Fed seja a última a decidir por um corte na taxa básica de juro está estimulando as vendas de contratos de petróleo e metais. A maioria dos analistas espera uma redução de 0,25 ponto porcentual no juro norte-americano no encontro de amanhã, para 2% ao ano. Além da decisão, é grande a expectativa em relação ao comunicado, que pode sinalizar o fim do ciclo de relaxamento monetário. Por conta disso, o dólar ganhou força em relação ao euro, estimulando um movimento de realização de lucros no petróleo e nas commodities metálicas. Combustíveis Ainda em relação à Petrobras, é grande a expectativa de que o reajuste dos combustíveis possa ser definido hoje durante reunião marcada para as 18h30 do presidente Lula com os ministros Edson Lobão, de Minas e Energia, Guido Mantega, da Fazenda, e Dilma Rousseff. A expectativa é de que o porcentual de reajuste para a gasolina e para o diesel fique em torno de 5%. A última vez em que os preços tiveram correção foi em setembro de 2005, quando o barril do petróleo estava na casa dos US$ 60. O efeito do reajuste seria positivo para a estatal mas pode não ter impacto nos preços, por já ter sido antecipado. Desde a semana passada, o mercado já vem esperando uma definição nesse sentido. "Se o anúncio do reajuste vier num dia bom para a Bolsa, há possibilidade de as ações reagirem em alta", disse um operador.

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