As bolsas de valores da Europa encerraram o primeiro pregão de 2008 em queda, pressionadas por preocupações com o crescimento global. Dados que mostraram queda na atividade manufatureira dos Estados Unidos serviram para ofuscar notícias de consolidação no setor bancário. O índice FTSEurofirst 300, que reúne ações das principais empresas européias, fechou em baixa de 1,3%, para 1.487 pontos, após fechar 2007 com o pior desempenho desde 2002. O setor bancário liderou as perdas na Europa nesta quarta-feira, mesmo após informações de que o Alliance & Leicester manteve negociações preliminares de venda para o espanhol Santander no mês passado, o que impulsionou as ações da casa de hipotecas britânica. Os papéis da A&L subiram 16,36% e as do Santander caíram 1,35%. Enquanto isso, as ações do HSBC desvalorizaram 0,8%, as do Royal Bank of Scotland perderam 1,4% e as do BNP Paribas recuaram 1%. Preços recordes de commodities como o petróleo também aumentaram preocupações dos investidores de que a inflação possa prejudicar o apetite por ativos de risco. Apesar disso, o recorde do petróleo, também serviu para beneficiar as ações de petrolíferas como a BP e a Royal Dutch Shell, que avançaram 0,2 e 0,6%, respectivamente. Ásia Na Ásia, a primeira sessão do ano também foi de perdas, em uma sessão cautelosa pressionada por Wall Street e temores quanto à economia mundial. O índice MSCI, que reúne as principais bolsas da região menos o Japão, caiu 0,7%, a 526 pontos. "Temos que ser muito cuidadosos este ano. Todo mundo tem sido profundamente afetado e sabe que há um grande preço a se pagar. O primeiro trimestre será agitado", disse a diretora da divisão de ações do Macquarie, Lucinda Chan. A bolsa da Austrália encerrou em alta de 0,21%, mas os mercados em Hong Kong, Taiwan, Coréia do Sul e Índia fecharam em queda de 0,9 a 2,3%. O mercado em Cingapura também encerrou em queda, depois de uma surpreendente contração da economia exportadora no quarto trimestre. "Isso sinaliza que veremos alguma redução no crescimento da região, o que está em linha com toda a turbulência dos mercados financeiros", disse David Cohen, economista da Action Economics.