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Bolsas da Ásia atingem máxima em 13 meses e Europa sobe

No Brasil, analistas apontam para a tendência de valorização do real e das ações, mas alertam para solavancos

Por Reuters e Agência Estado
Atualização:

Os investidores estrangeiros continuam com disposição para o risco nesta quinta-feira, 17, e sem querer saber de realização. As bolsas de valores asiáticas atingiram o nível mais alto em 13 meses, motivadas por sinais de que a recuperação econômica global pode estar se fortalecendo. O fôlego impressiona e derruba todos os prognósticos de uma correção, que eram fortes no início de setembro. As bolsas europeias também seguem em alta, em um ambiente estimulado ainda pela ajuda do governo irlandês aos bancos.

 

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Às 8h10 (de Brasília), o índice MSCI - que reúne as principais bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão - subia 1,2%, para 393 pontos. Mais cedo, o indicador se valorizava em 1,3%, no maior patamar desde agosto do ano passado. O índice Nikkei, de Tóquio, subiu 1,68%, para 10.443 pontos, após o Banco do Japão melhorar sua visão sobre a economia. Na Europa, às 7h22 (de Brasília), as bolsas de Londres (+0,78%), Paris (+0,50%) e Frankfurt (+0,54%) subiam.

 

O dólar embarca em mais um dia de queda, mas por enquanto sem gerar movimentações nas commodities. Até mesmo os entusiastas do dólar já dão o braço a torcer, diante do movimento tão expressivo dos últimos dias.

 

No Brasil, segundo analistas, a tendência para os próximos meses é de valorização tanto para o real quanto para as ações brasileiras. Basicamente por duas razões. A primeira, como explica o estrategista do banco WestLB, Roberto Padovani, está relacionada à diminuição da chamada aversão ao risco no mercado global. Ao panorama externo melhor soma-se a percepção positiva dos investidores a respeito do Brasil. Os analistas alertam, porém, que o caminho não será imune a solavancos.

 

Na quarta-feira, 16, o fluxo de investimento externo no mercado brasileiro levou a Bovespa a fechar acima dos 60 mil pontos. A bolsa paulista terminou a sessão em alta de 1,94%. Foi a primeira vez que o índice rompe este patamar desde julho do ano passado. No mês, o índice acumula ganho de 6,94% e, no ano, de 60,88%.

 

Ajuda a compor o ambiente de disposição para o risco nesta manhã as medidas anunciadas pelo governo da Irlanda. O ministério de Finanças do país anunciou na quarta-feira um novo plano para ajudar o sistema financeiro, com a criação de uma espécie "banco ruim", que comprará empréstimos das instituições com um desconto de cerca de 30%. As ações dos bancos irlandeses avançam nesta quinta.

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Novos dados da economia dos Estados Unidos serão observados nesta quinta-feira, como confirmação de que o país já deixou a recessão para trás. Às 9h30 (de Brasília), saem as obras de casas iniciadas em agosto e o balanço do auxílio-desemprego. Às 11 horas, será a vez do índice de atividade do FED da Filadélfia de setembro.

 

(com Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo)

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