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Bolsas da Ásia caem para pior nível em três meses

Ameaça tripla de inflação, desaquecimento econômico e receios com o setor financeiro dita o mau humor

Por RAFAEL NAM
Atualização:

As principais bolsas asiáticas tiveram uma segunda-feira de queda, recuando para seus níveis mais baixos em três meses, com o preço do petróleo subindo US$ 1 em meio a tensões crescentes entre Israel e Irã, enquanto temores sobre baixas contábeis no setor financeiro global impactava nas ações. Veja também: Preço do petróleo em alta A ameaça tripla de inflação, desaquecimento econômico e receios sobre o setor financeiro continuou a ditar o mau humor. Potências mundiais do setor de energia se reuniram num encontro e emergência no final de semana em Jeddah, Arábia Saudita, mas não encontraram solução imediata para ajustar os preços do petróleo, que mais que duplicaram em um ano. Às 8h06 (horário de Brasília) o índice MSCI da Ásia Pacífico exceto Japão tinha queda de 0,8%, aos 439 pontos, próximo ao fim dos negócios, na quinta queda consecutiva do índice, que acumula perda de 17% no ano. O índice Nikkei da bolsa de Tóqui recuou 0,61%, para 13.857 pontos. Na Coréia do Sul, a bolsa de Seul perdeu 0,89%, para 1.715 pontos. Já a bolsa de Xangai despencou 2,52% , para 2.760 pontos, enquanto o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, fechou com queda e 0,13%, a 22.714 pontos. Taiwan, por sua vez, caiu 0,33%, Cingapura se desvalorizou 0,75% e Sydney perdeu 0,09%. A confiança empresarial japonesa nas condições do mercado bateu seu pior patamar em quatro anos no período de junho a abril, com as commodities impulsionando a inflação e uma ruim perspectiva global afetando sua moeda. Investidores ainda aguardam as reuniões do Federal Reserve, que se iniciam nesta terça-feira e que podem dar novas pistas sobre as taxas de juros nos Estados Unidos. Os futuros do petróleo tinham alta de US$ 0,99, em US$ 136,35 o barril, com as tensões no Oriente Médio desencadeando medos acerca do fornecimento, acabando com as quedas iniciais do início do dia. Irã e Israel estão travando uma troca de acusações este mês acerca de uma suspeita de que Teerã está procurando desenvolver armas nucleares, com o preço do petróleo subindo cerca de 3% somente na última sexta-feira. "O mercado aproveitou a oportunidade para realizar lucros logo após a promessa da Arábia Saudita de elevar a produção, mas realisticamente somente isso não é o bastante para acalmar o mercado", afirmou Mark Pervan, analista sênior de commodities no New Zeland Bank, em Melbourne.

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