30 de março de 2009 | 08h40
O anúncio feito pela comissão de veículos da Casa Branca marcou uma forte reviravolta para as empresas e elevou as perspectivas de falência, que pode debilitar ainda mais a já fragilizada economia norte-americana.
As notícias espalharam uma nova onda de aversão a risco entre os investidores, o que impulsionou o iene e os Treasuries dos EUA, mas interrompeu a alta das ações iniciada no começo do mês diante do otimismo de que a economia global poderia estar se recuperando.
As notícias sobre as montadoras norte-americanas surgem no começo de uma semana agitada marcada pela cúpula do G20, em Londres, por uma reunião do Banco Central Europeu, e dados sobre emprego nos Estados Unidos.
"Qualquer coisa que seja entendida como rejeição em termos de pacotes de resgate nesses dias não é muito bem assimilada...e tende a assombrar o mercado um pouco", disse David Spry, gerente de pesquisa da F.W. Holst, em Sydney.
O índice MSCI que reúne as principais bolsas de região Ásia-Pacífico com exceção do Japão despencava às 8h30 (horário de Brasília) 4,54, ampliando perdas após as notícias sobre o setor automotivo. O recuo é o maior desde o declínio de 4,3 por cento em 2 de março, quando temores sobre a seguradora AIG derrubaram os mercados acionários globais.
"Nós ainda não estamos fora de perigo enquanto o panorama econômico continuar. As perdas de emprego estão se acumulando nos Estados Unidos", afirmou Stephen Roberts, economista da Nomura, em Sydney.
O índice Nikkei, de TÓQUIO, caiu 4,53 por cento, acompanhando a retração de 9,4 por cento da produção industrial japonesa em fevereiro.
A bolsa de SYDNEY perdeu 1,85 por cento, enquanto TAIWAN retrocedeu 3,43 por cento e CINGAPURA se desvalorizou em 4,15 por cento.
O índice de XANGAI registrou declínio de 0,69 por cento, o de SEUL caiu 3,24 por cento e o de HONG KONG recuou 4,70 por cento.
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