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Bolsas da Ásia fecham sem direção única

Por AE
Atualização:

As bolsas da Ásia encerraram a sessão em direções divergentes, com a Europa mais uma vez testando os nervos dos investidores após a Moody''s rebaixar o rating da França, embora os ganhos observados em Wall Street ontem tenham servido de estímulo para os investidores da região. A Moody''s cortou a nota de crédito da França em um nível, para Aa1, de AAA, citando desafios econômicos como perda de competitividade e falta de flexibilidade nos mercados de trabalho e serviços.O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, fechou em queda de 0,2%, para 21.228,28 pontos. Entre as ações em destaque estavam as da seguradora Ping An Insurance (Group), que recuaram 1,2%, estendendo as perdas de ontem provocadas pela notícia de que o HSBC planeja vender uma participação de 15,6% na empresa. Os papéis da Tencent Holdings subiram 2,3%, se recuperando após perderem 9,4% nas últimas cinco sessões devido a resultados abaixo do esperado no terceiro trimestre.As bolsas da China encerraram em queda, já que os investidores não quiseram fazer grandes apostas na ausência de pistas geradoras de ímpeto, contrariando a tendência regional que seguiu os ganhos overnight nos EUA. O índice Shanghai Composite fechou com recuo de 0,4%, ou 8,06 pontos, aos 2.008,92 pontos. O índice Shenzhen Composite caiu 0,2%, ou 1,49 pontos, para 799,35 pontos.O yuan fechou em alta em relação ao dólar pelo segundo dia consecutivo, após o Banco do Povo da China (PBOC, em inglês) guiar a moeda chinesa para cima, por meio da taxa de referência diária, e também por causa do corte de posições pelas empresas locais na esperança de uma valorização da divisa. No mercado de balcão, o dólar encerrou cotado em 6,2326 yuans, de 6,2345 yuans na segunda-feira. A moeda norte-americana foi negociada entre 6,2297 yuans e 6,2333 yuans. Em 6,2297 yuans, a divisa chinesa atingiu o limite de 1% estabelecido para a paridade central pelo segundo dia consecutivo e em 15 de um total de 16 sessões. O PBOC fixou a taxa de paridade dólar-yuan em 6,2926 yuans, de 6,2975 yuans ontem, seguindo o enfraquecimento do dólar no exterior.Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou o pregão em alta, acompanhando o movimento em Wall Street. O índice Taiwan Weighted subiu 0,23%, para 7.145,77 pontos. Os investidores estão cautelosos sobre possíveis mudanças na política, como a recente restrição ocorrida no fundo de pensão dos trabalhadores. As ações da TSMC e da Hon Hai ganharam, respectivamente, 0,4% e 0,8%. A UMC caiu 1%.Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul terminou a sessão em alta, estendendo seus ganhos pelo segundo dia consecutivo. O índice Kospi ganhou 0,70%, aos 1.891,27 pontos. O mercado foi influenciado pelos significativos ganhos em Wall Street, em meio ao aumento do otimismo sobre a negociação do abismo fiscal - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso dos EUA. Os papéis da Samsung Electronics avançaram 2,4%. Já as montadoras Hyundai Motor e Kia Motors caíram, respectivamente, 0,7% e 2,3%.Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou a sessão em alta, também influenciada por um possível acordo para o déficit fiscal nos EUA, apesar do sentimento negativo gerado pelo rebaixamento do rating da França pela Moody''s. O índice S&P/ASX 200 avançou 0,56%, aos 4.385,68 pontos. As ações da BHP Billiton, Rio Tinto, Fortescue Metals e Origin Energy tiveram as maiores altas, entre 1,1% e 4,2%.A Bolsa das Filipinas atingiu um novo recorde alta, em linha com os ganhos das bolsas regionais, em razão de expectativas de que os EUA conseguirão evitar o abismo fiscal. O índice PSEi fechou em alta de 0,9%, para 5.500,58 pontos. As ações dos bancos foram os destaques da sessão. Philippine National Bank subiu 11,7% e Metropolitan Bank avançou 1,1%. As informações são da Dow Jones.

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